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Favoritos avançam em dia com muitos brasileiros nas duplas no Rio Open

23/02/2017 00h22

(Acrescenta 8º parágrafo, com jogo de Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci).

Rio de Janeiro, 22 fev (EFE).- Os mineiros Bruno Soares e Marcelo Melo, que jogam respectivamente com o britânico Jamie Murray e o polonês Lukasz Kubot, confirmaram o favoritismo e estrearam com vitória no Rio Open, enquanto as duplas de André Sá e Marcelo Demoliner, além de Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro, que jogam juntos, foram eliminados.

Cabeças de chave número 1 do torneio, válido pela série ATP 500, Bruno e Jamie tiveram Demoliner e o neozelandês Marcus Daniell e venceram por 2 sets a 0, com parciais de 6-4 e 6-2, em 1h05min de partida.

"Foi uma estreia bem boa, um dos melhores jogos que fiz aqui no Rio. Ao menos senti a bola. Não vou entrar no mérito da bola, que é velho, mas acho que fui bem dentro das condições que o torneio tem. É sempre duro jogar aqui, não são condições fáceis, ainda mais jogando contra o Demo, brasileiro, tem aquela tensão extra, mas acho que no geral foi muito bom. Acho que se a gente continuar jogando assim, e a tendência é melhorar nos próximos jogos, vamos ter boas chances" analisou Soares.

Os próximos adversários dos campeões do Aberto da Austrália e do US Open no ano passado serão os argentinos Andrés Molteni e Diego Schwartman, que eliminaram André Sá e o espanhol Tommy Robredo em sets diretos. As parciais foram de 6-4 e 6-3.

Já Melo e Kubot tiveram um time 100% brasileiro pela frente, formado por João Souza, o Feijão, e Fabricio Neis, convidados da organização, e venceram por 2 a 0, com 6-1 e 7-6(4).

O mineiro e o polonês, cabeças de chave número 2 do torneio, também válido pela série ATP 500, tiveram tranquilidade na primeira parcial. No entanto, na segunda, foram Feijão e Neis, convidados da organização, que abriram 5-1, mas permitiram a reação dos adversários e foram derrotados no tie-break.

"A desconcentração nos custou um 5-1 contra no segundo set, mas a gente conseguiu manter o foco, recuperar a concentração até virar em 6-5. Aí perdemos o saque, mas mantivemos de novo a calma. Acho que o que prevaleceu foi a nossa experiência de anos no circuito e esse tempo que estamos jogando juntos", comentou Marcelo, que agora enfrentará o chileno Julio Peralta e o argentino Horacio Zeballos.

Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci, que amanhã se enfrentarão na chave de simples, atuaram juntos em duplas hoje e perderam para os colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah. Os terceiros favoritos, campeões no Rio em 2014 e 2016, fizeram 2 a 0, com 6-1 e 6-4, e se classificaram para medir forças com o americano Nicholas Monroe e o neozelandês Artem Sitak.

Atual campeão individual e que foi eliminado ainda na primeira rodada, o uruguaio Pablo Cuevas passou de fase nas duplas. Jogando ao lado do espanhol Pablo Carreño Busta, ele derrotou o mexicano Santiago González e Pablo Marrero, também da Espanha, e agora medirá forças com o argentino Facundo Bagnis e o português Gastão Elias.

Na chave de simples, o austríaco Dominic Thiem eliminou o sérvio Dusan Lajovic. Jogador mais bem ranqueado ainda vivo na competição após a eliminação do japonês Kei Nishikori para Bellucci, o número 8 do mundo levou a melhor por 2 sets a 0, com parciais de 6-2 e 7-5, em 1h17min de partida.

O próximo adversário de Thiem será Schwartzman, vencedor de um duelo de argentinos com Federico Delbonis com um triunfo por 2 a 0, com 6-4 e 7-6(1).

Vice-campeão do Rio Open em 2015, o italiano Fabio Fognini se mostrou bastante errático e nervoso e foi derrotado pelo espanhol Albert Ramos-Vinolas, que fez 2 a 0 (6-2 e 6-3) e jogará contra o argentino Nicolás Kicker. O tenista de 24 anos superou o belga Arthur De Greef em confronto de qualifiers.

O dia no Jockey Club, na zona sul do Rio de Janeiro, ainda foi de visita do ídolo Gustavo Kuerten. Entre outros assuntos, o ex-número 1 do mundo criticou a cobrança excessiva em cima dos atletas brasileiros, disse que suas conquistas mais atrapalham do que ajudam o tênis do país hoje em dia e afirmou ver com bons olhos uma possível mudança do Rio Open para o Parque Olímpico, desde de que haja garantias por parte dos administradores do espaço.