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Russo de 2,15m é tirado de avião por não caber no assento e será processado

Da EFE. em Moscou

15/03/2017 13h27

O oposto Aleksandr Kimerov, que joga no Fakel e na seleção russa sub-23, foi obrigado a sair de avião da companhia Pobeda, única de baixo custo que opera no país do Leste Europeu, porque não era possível instalá-lo em um dos assentos de aeronave, conforme publica nesta quarta-feira o jornal "Kommersant".

O jogador, que tem 2,15 metros de altura, não conseguiu ficar com as pernas em uma das poltronas no voo entre as cidades de Samara e Moscou. Insistente, o atleta conseguiu trocar de assento com outro passageiro que estava em saída de emergência, em poltrona pouco mais espaçosa.

A equipe de voo da companhia, no entanto, o obrigou a retornar ao lugar marcado, pois Kimerov não havia pago 999 rublos (R$ 53,5) extras, para poder escolher o lugar onde se sentaria.

"Somos uma companhia de baixo custo e vendemos passagens muito baratas, por isso, nosso lucro é pelos serviços complementares. Se todos os nossos passageiros mudarem de assento, esses serviços não farão sentido", disse a porta-voz da companhia, Elena Selivanova.

Após voltar ao lugar de origem, o oposto, de 20 anos, teve que se virar e ficar com as pernas no corredor, o que vai contra as normas de segurança aérea.

Os demais passageiros insistiram, para permitir que o jogador pudesse ocupar poltrona na saída de emergência, para que o voo não atrasasse, mas, a equipe de bordo chamou a polícia que atua no aeroporto, para retirá-lo.

A direção da Pobeda ainda revelou que irá processar o jogador, por causa do atraso de meia hora na partida do avião.

Em entrevista ao site do Fakel, Kimerov explicou o ocorrido. “Eu e diversos jogadores do Fakel, por razões pessoais, saímos de Samara para Moscou antes do restante do time. Entramos no avião e tomamos nossos lugares. Infelizmente, como registrado, não comprei uma passagem no assento da saída de emergência, onde para os passageiros grandes é certamente mais confortável”.

“Portanto, perguntei à aeromoça se era possível ela me mudar de lugar. Ela me disse que o assento da saída de emergência era mais caro e eu me ofereci para pagar a diferença ali (no avião), e ela recusou. Nossa conversa foi ouvida por uma garota, que se ofereceu para trocar de lugar comigo. No entanto, a aeromoça nos pediu para voltarmos aos nossos lugares. Tenho 2,15m de altura e fisicamente não poderia caber na minha cadeira, tinha que colocar meu joelho no corredor”, continuou.

Também em entrevista ao site oficial do clube, o diretor do Fakel, Nikolay Kapranov, afirmou estar “indignado” com a atitude da empresa aérea. O dirigente disse, ainda, esperar um pedido de desculpas da companhia a Alexander.