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Centurión é denunciado por violência doméstica contra a ex-noiva

24/05/2017 17h04

Buenos Aires, 24 mai (EFE).- O atacante Ricardo Centurión, emprestado pelo São Paulo ao Boca Juniors, foi denunciado na terça-feira por violência doméstica contra a ex-noiva Melissa Tozzi, que afirma ter sido enforcada e estar com três dentes quebrados.

A jovem apresentou a denúncia na Delegacia da Mulher de Quilmes na noite anterior, após sofrer "diversas agressões" de Centurión, segundo explicou nesta quarta-feira ao canal "C5N".

"Já estou cansada deste assunto. Ele vem diversas vezes com os amigos à porta da minha casa e faz barulho. Estou cansada, tenho filhos e não está bom assim. Aqui, na minha casa, ele me pegou pelo pescoço, discutimos aqui. Ele é uma pessoa agressiva", acrescentou.

O advogado de Centurión, Mariano Cúneo Libarona, disse ao canal "LN" que tratou-se de "um fato menor" e "uma briga familiar que não passa do habitual".

"Tampouco matou alguém. Não estamos falando que ele a queimou, nem que mostrou uma arma, um ferro ou algo do tipo. Estamos falando que as versões mais graves falam de lesões leves. Aqui estamos com uma menina que está indiscutivelmente ressentida, danificada", disse o advogado.

O técnico do Boca Juniors, Guillermo Barros Schelotto, disse em coletiva de imprensa nesta quarta-feira que falou com Centurión durante o treino e que é "contra qualquer tipo de violência".

"Devemos conversar depois, é a única coisa que posso dizer. Tivemos problemas no plano privado que não devem acontecer", afirmou.

Tozzi explicou ao site de notícias "En La Mira" que apresentou a denúncia porque o jogador "quebrou três dentes", a "enforcou" e a "maltratou psicologicamente".

"Em estado de embriaguez, não entende que já não quero mais estar com ele. Ele fica agressivo, tem um problema com o álcool", declarou Tozzi.

Centurión chegou ao Boca Juniors em agosto de 2016, cedido pelo São Paulo, com um histórico de vários problemas fora dos gramados, como ter sido fotografado com uma arma e se envolvido em brigas em boates.

A Argentina registra pelo menos 111 feminicídios nos primeiros quatro meses do ano, o que significa que uma mulher é assassinada a cada 25 horas, segundo dados de organizações sociais.