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"Podemos mudar o rumo da história da Juventus", afirma Buffon

02/06/2017 16h08

Cardiff, 2 jun (EFE).- O goleiro da Juventus, Gianluigi Buffon, afirmou nesta sexta-feira que o jogo contra o Real Madrid na final da Liga dos Campeões pode "mudar o rumo da história" da equipe.

"Temos que ter confiança, com uma dose de humildade. Jogamos contra uma equipe muito importante. O Real Madrid chega com um pensamento diferente do nosso, porque eles já ganharam o título. É uma partida que pode mudar o rumo da história", afirmou Buffon em coletiva de imprensa antes do jogo no Millennium Stadium.

"Ao final, quando você chega nesse ponto, sabe por que chegou e quando teve que se sacrificar para atingi-lo. Não há nada maior na vida do que conseguir um prêmio quando você deseja e pelo qual você suou tanto. E não há nada mais feliz do que compartilhá-lo com seus companheiros de trabalho", indicou Buffon.

O veterano goleiro, de 39 anos, afirmou que está se sentindo como um jovem. E ressaltou a importância de seus companheiros serem "altruístas" e "lutarem uns contra pelos outros" para superar amanhã na decisão o Real Madri de Zinedine Zidane.

"É uma partida muito especial para mim e tento enfrentá-la sem nenhum tipo de ressentimento ou problema. O mais importantes é que sejamos uma equipe, um grupo compacto, e que os alicerces do nosso trabalho sejam o altruísmo e o jogo coletivo. Quero ajudar a equipe e esse é o maior presente que posso dar aos meus companheiros", afirmou Buffon.

"Tenho 39 anos e me sinto como um jovem. Essa partida tem um valor muito importante para mim, já que sou um jogador que está há muitos anos da 'Juve'. Esse seria, sem dúvida, um final perfeito para minha carreira", indicou o goleiro.

Buffon, que concedeu entrevista ao lado de Daniel Alves e do técnico Massimiliano Allegri, fez vários elogios ao brasileiro.

"Assim que soube que tinham contrato Daniel disse a ele para nos ajudar a ganhar a 'Champions'. Sua capacidade pessoal e humana é muito importante, vai muito além do que vemos no campo", indicou.

"Me motiva que haja pessoas como Daniel Alves, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, gente que pode ganhar muitos títulos e seguir trabalhando, estudando. Sempre temos que ter modéstia e humildade para continuar estudando", completou Buffon.

Além disso, o goleiro diminuiu a importância do duelo com o craque do Real Madrid, muito citado pela imprensa, e afirmou que esse tipo de comparação não serve de nada porque os jogadores desempenham papéis totalmente diferentes no campo.

"Há comparações que servem para motivar as fantasias de todos. Nem passou pela minha cabeça me comparar com Cristiano. Eu tenho que defender meu gol e ele tem que atacar. Ele pode ter uma influência na partida maior do que eu", explicou.

"Cristiano Ronaldo é um modelo de esportista para todos, para os grandes e os pequenos. Todos que se interessam pelo futebol e pelo esporte têm que se fixar em Cristiano como modelo", indicou.

Perguntado sobre o técnico do Real Madrid, Zinedine Zidane, com quem jogou na 'Velha Senhora' há 11 anos, Buffon disse que o ex-jogador francês não perdeu o "pedigree de vencedor".

"Passaram 11 anos dessa última partida e agora o encontro de novo. No entanto, não me surpreende vê-lo aqui. Ele tinha um grande pedigree como jogador, o manteve como técnico. Esse é o pedigree do vencedor, e não o perdeu", concluiu Buffon.