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Rússia abre Copa das Confederações com vitória fácil sobre a Nova Zelândia

17/06/2017 14h12

São Petersburgo (Rússia), 17 jun (EFE).- A Rússia estreou com o pé direito na Copa das Confederações neste sábado, ao vencer sem grandes dificuldades a Nova Zelândia por 2 a 0, em jogo pelo grupo A, disputado no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, que marcou a abertura da competição.

Foi em um lance confuso que o primeiro gol do torneio saiu, marcado contra pelo zagueiro da seleção campeã da Oceania Michael Boxall, aos 31 minutos da etapa inicial. No segundo tempo, aos 24, o atacante Fedor Smolov deu números finais ao duelo.

Após a vitória no primeiro compromisso, a seleção comandada por Stanislav Cherchesov vai enfrentar Portugal na quarta-feira, em Moscou. Já a Nova Zelândia, que segue sem saber o que é vencer em edições de Copa das Confederações - acumula agora nove derrotas e um empate - e disputa o torneio pela quarta vez, terá como adversário no mesmo dia o México.

Antes de a bola rolar, a abertura do torneio teve bonita cerimônia, mas para público pequeno, que começou a encher o estádio pouco antes do apito inicial. No camarote, o presidente Vladimir Putin acompanhou tudo ao lado de Pelé e não deixou de tietar o Rei do Futebol, com um demorado cumprimento.

Um dos principais líderes políticos do planeta, no entanto, não recebeu o mesmo carinho de parte do público. Curiosamente, estando em São Petersburgo, sua cidade natal e principal reduto político, acabou recebendo tímidas vaias ao ser anunciado no sistema de som.

Também do lado de fora do gramado, outro brasileiro marcou presença importante na partida, o mineiro Sandro Meira Ricci, árbitro assistente de vídeo número 1, que teve a incumbência de coordenar a revisão do trabalho do trio formado pelos colombianos Wilmar Roldán, Alexander Guzman e Cristian De La Cruz.

As duas seleções entraram em campo com desenhos táticos parecidos, apostando em uma linha de três zagueiros, cinco homens no meio e dois atacantes. A Rússia, no entanto, apresentou postura mais ofensiva, enquanto a Nova Zelândia se fechou na defesa, sempre apostando na ligação direta ao ataque.

Logo aos 3 minutos do primeiro tempo, o goleiro Marinovic quase entregou o ouro para os anfitriões, quando Golovin dominou na esquerda e soltou a bomba. O camisa 1 tentou socar a bola e, por muito pouco, não a desviou para dentro do gol.

A Rússia ficou novamente perto de marcar aos 7, quando Samedov cobrou escanteio da direta e achou o zagueiro Vasin, que deu um peixinho e acertou a trave neozelandesa. A bola ainda percorreu a linha, até que o volante McGlinchely desse um chutão para afastar o perigo.

A blitz dos donos da casa seguiu intensa, e, aos 9, foi a vez de Poloz ficar muito perto de balançar as redes, após receber na esquerda e tirar do goleiro Marinovic. O atacante não contava, contudo, com a recuperação do zagueiro Smith, que conseguiu salvar antes que a bola entrasse.

Aos poucos, o ímpeto russo diminuiu, enquanto a Nova Zelândia tentava sair do campo defensivo, sem grande sucesso. Aos 29, em nova ação ofensiva, Smolov foi lançado por Samedov e tocou para o gol, mas o lance acabou invalidado pela arbitragem comandada por Wilmar Roldán devido a um impedimento do atacante.

O placar saiu do zero, enfim, aos 31, quando Glushakov recebeu passe após falha da zaga adversária e tocou de leve na saída de Marinovic. Smith e Boxall ainda se esforçaram para salvar, mas a bola acabou entrando.

A conclusão confusa da jogada chegou a deixar dúvida para o autor do gol. Inicialmente, a Fifa creditou o meia russo como autor, mas, após revisão, o responsável por marcar pela primeira vez na Copa das Confederações acabou sendo o zagueiro Boxall.

No segundo tempo, o roteiro do jogo seguiu idêntico, com os anfitriões pressionando o rival. Aos 2 minutos, Marinovic brilhou intensamente, com duas grandes defesas, primeiro em cabeçada de Poloz, e, em seguida, em rebote de Erokhin.

Em contra-ataque fulminante, aos 8, o camisa 1 neozelandês fez outro milagre, se esticando todo, depois que Golovin serviu Poloz, que bateu de primeira, no canto esquerdo do gol.

Enquanto o goleiro se destacava, Boxall seguia sua estreia para esquecer, já que, aos 24 minutos, não conseguiu cortar cruzamento da direita, e permitiu que a bola chegasse a Smolov, livre no lado esquerdo, pronto para escorar a bola para o fundo das redes.

O primeiro lance de perigo da Nova Zelândia no jogo veio apenas aos 32 minutos do segundo tempo, quando Thomas pegou sobra de bola na intermediária, clareou e soltou uma bomba de perna direita, parando em grande defesa de Akinfeev.

Na jogada seguinte, após cobrança de escanteio da direita, Smith subiu mais do que a zaga russa e testou muito bem no canto, sem dar chance ao goleiro russo, mas Zhirkov, que estava colado a uma das traves, conseguiu cortar e impedir que a bola entrasse.

Nos acréscimos, Buhkarov, que havia saído do banco para substituir Poloz, teve grande chance de marcar, após escanteio cobrado da direita em que de frente para o gol. Marinovic mostrou arrojo e bloqueou o chute, embora a arbitragem tenha marcado impedimento do russo, segundos antes de encerrar a partida.



Ficha técnica:.

Rússia: Akinfeev; Samedov, Dzhikya, Vasin, Kudryashov e Zhirkov; Glushakov, Erokhin (Tarasov) e Golovin; Smolov (Miranchuk) e Poloz (Buhkarov). Técnico: Stanislav Cherchesov.

Nova Zelândia: Marinovic; Colvey (Patterson), Smith, Durante, Boxall e Wynne; Barbarouses (Tuiloma), McGlinchely e Thomas; Rojas (Smeltz) e Wood. Técnico: Anthony Hudson.

Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (Rússia).

Gols: Boxall (contra) e Smolov (Rússia).

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzman e Cristian De La Cruz.