Topo

Filho de Villar teria desviado dinheiro de 10 jogos da seleção espanhola

20/07/2017 17h06

Madri, 22 jul (EFE).- Gorka Villar, ex-diretor-geral da Conmebol, e filho de Ángel María Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), é suspeito de desviar recursos referentes a, pelo menos, dez amistosos da seleção campeã mundial de 2010, conforme de decretação de prisão anunciada nesta quinta-feira.

A acusação aponta para a existência de uma "relação triangular entre a RFEF, federações estrangeiras e a Sports Advisers SL, empresa que pertence a Gorka, que, embora não tenha cargo na entidade comandada pelo pai, participava diretamente das negociações.

Ángel María e o filho tiveram prisão provisória decretada hoje, sem direito a fiança, pelo juiz Santiago Pedraz, da Audiência Nacional. Sobre Juan Padrón, mandatário da federação de Tenerife, recaiu decisão semelhante. Já Ramón Hernández, secretário-geral da entidade territorial, poderá ficar em liberdade caso pague de 100 mil euros (R$ 365,2 mil).

Ao todo, foram identificadas irregularidades em dez amistosos disputados pela seleção espanhola, contra Chile (em 2008, 2011 e 2013), Argentina (2009 e 2011), Coreia do Sul (2010 e 2012), México (2010), Colômbia, em 2011 e 2017) e Venezuela (2011).

Em todos os jogos identificados, há registros da contratação dos serviços da empresa de Gorka. Em alguns, inclusive, o filho do presidente da federação tem envolvimento direto na negociação para a realização da disputa.