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"Neymania" toma conta de Paris

04/08/2017 16h32

Luis Miguel Pascual.

Paris, 4 ago (EFE).- Em poucas horas acabaram as camisas do Paris Saint-Germain com o número 10 e o nome de Neymar nas costas, um sinal da "Neymania" que a capital francesa vive no dia em que o brasileiro, agora o jogador mais caro da história, assinou contrato com o clube e foi apresentado oficialmente à torcida.

A longa fila de mais de uma hora e meia de espera para entrar na loja oficial do PSG ao lado do estádio Parc des Princes e comprar, por 140 euros, o novo objeto de desejo, foi uma mostra da grande expectativa em torno da chegada do atacante.

"Conseguir a camisa hoje era importante para mim, uma forma de mostrar que começa uma nova etapa", afirmou Clément Robert, um jovem que, logo após sair da loja, trocou a camisa que usava, de Verratti, pela recém-adquirida, amarela, de Neymar.

Um cordão policial cercou a área onde Neymar compareceria para dar sua primeira entrevista coletiva como jogador do PSG.

O presidente do clube, Nasser al Khelaifi, foi à loja para comprovar o que minutos depois afirmaria na sala de imprensa, que Neymar é "um bom negócio".

"Agora estamos entre os três ou quatro melhores clubes do mundo", destacou Clément, que dará a camisa de Verratti a um sobrinho.

Jordan Cohen acordou cedo na cidade onde vive, nos arredores de Paris, para tentar ser o primeiro da fila na porta da loja.

"Mas, quando cheguei, já tinha muita gente, demorei uma hora e meia para entrar", disse, com um sorriso no rosto, porque conseguiu comprar "uma das últimas camisas que restavam".

"Acredito que demos o troco no Barcelona. Eles queriam nos tirar Verratti, e agora ficam sem Neymar. Uma boa revanche da virada", afirmou o rapaz, lembrando a incrível vitória do time catalão sobre o francês por 6 a 1 no jogo de volta pelas oitavas de final da Liga de Campeões.

Ao lado dele, o amigo Romain Durisch argumentou que, com a contratação, "o PSG subiu um degrau no futebol europeu".

"Acredito que Neymar atrairá outros jogadores que, até agora, hesitavam em vir para o PSG, mas que vendo que ele chegou, se convencerão de que este é um projeto sólido", opinou.

Enquanto os dois amigos exibiam com orgulho as novas camisas, elas recebiam olhares de admiração, mas com tom de lamento, de quem aguardava na fila.

"O melhor será ir na loja da (avenida) Champs-Élysees", disse um adolescente que saiu da fila no Parc des Princes desanimado com as notícias de que, do lado de dentro da loja, não sobrou nenhuma camisa de Neymar.

Outro jovem, Malick, e dois amigos preferiram apostar na espera. "Vamos ver se temos sorte", disse o jovem técnico em informática, que não se importou em gastar um dia de suas férias para ir à loja.

"Tomara nos neste ano a gente enfrente de novo o Barcelona na Liga dos Campeões. E na final. Se isso acontecer, usarei um salário inteiro para ir ao estádio", acrescentou.

O jovem considera que "o PSG mostrou que pode atrair qualquer jogador, e agora os adversários vão ter mais respeito".

"O dinheiro não é problema, temos o que for preciso", gabou-se um dos amigos de Malick.