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Técnico do Chile na Copa de 1998 sofre do mal de Alzheimer, diz jornal

Nelson Acosta na seleção chilena com Ivan Zamorano e Marcelo Salas - AP
Nelson Acosta na seleção chilena com Ivan Zamorano e Marcelo Salas Imagem: AP

Da EFE, em Santiago

03/09/2017 17h00

Santiago do Chile, 3 set (EFE).- O técnico uruguaio Nelson Acosta, que comandou a seleção chilena na Copa do Mundo, em 1998, e na conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, se aposentou do futebol por estar sofrendo do mal de Alzheimer, revelou neste domingo o jornal "La Tercera".

De acordo com a publicação, o antigo comandante da 'Roja' foi diagnosticado com o problema há pouco mais de um ano, depois de passagem pelo Deportes Iquique, entre 2014 e 2015.

"Ele esquecia muitas coisas. Dava uma instrução e, na sequência, começava a falar a mesma coisa", disse um jogador, que não se identificou, treinado por Acosta na equipe da cidade portuária.

Outro atleta revelou que o técnico chegou a esquecer de um treino que ele próprio tinha marcado. "Nós achávamos que eram problemas típicos que chegam com a idade, mas acabou que não era", lamentou outro ex-comandado por Acosta.

O treinador comandou a seleção entre 1996 e 2001, e em 2005 e 2007, estando a frente do Chile em 94 partidas, totalizando 36 vitórias, 25 empates e 33 derrotas.

O ponto alto da passagem veio com a classificação para a Copa do Mundo de 1998, após 12 anos de ausência do país da competição. No torneio, a seleção passou da primeira fase, ficando atrás da Itália, e a frente de Áustria e Camarões. Na sequência, os chilenos duelaram com a seleção brasileira, no estádio Parc des Princes, em Paris, sendo derrotados por 4 a 1.

Dois anos depois, veio o bronze nos Jogos de Sydney, medalha conquistada com vitória na disputa do terceiro lugar sobre os Estados Unidos por 2 a 0, com dois gols do atacante Ivan Zamorano.

Acosta ainda foi campeão chileno em três oportunidades, no Torneio Apertura de 2003 e no Clausura de 2004, com o Cobreloa, e no Apertura de 2008, com o Everton.

A família do técnico foi procurada pelo jornal "La Tercera, mas não quis dar detalhes sobre a situação. Filho mais velho de Acosta, Julio pediu que a intimidade do pai fosse respeitada. "Só queremos que o deixem em paz. Ele tem problemas que qualquer pessoa de idade pode ter", se limitou a dizer.