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COI tem "máximo interesse" em investigação de compra de votos para Rio 2016

05/09/2017 12h31

Redação Central, 5 set (EFE).- O Comitê Olimpico Internacional (COI) tem "o máximo interesse" no esclarecimento da suspeita de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, que é alvo de uma investigação por parte da Operação Lava Jato.

"O COI conheceu estas circunstâncias pela imprensa e está fazendo todos os esforços possíveis por obter a informação completa", afirmou à Agência Efe um porta-voz do comitê.

"O COI tem o máximo interesse no esclarecimento deste assunto", acrescentou.

Hoje foi desencadeada a operação batizada como 'Unfair Play', realizada a partir da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, que aponta para o pagamento de propina a dirigentes durante o processo de escolha com o objetivo de favorecer a candidatura da capital fluminense.

Uma dessas propinas foi paga ao senegalês Papa Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional, Lamine Diack.

De acordo com os detalhes já divulgados da operação, Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, identificado no inquérito como "Rei Arthur" devido ao prestígio junto ao governo do estado do Rio, teria recebido a incumbência do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso, de pagar US$ 2 milhões (R$ 6,2 milhões) a Papa Diack.

Para o Ministério Público Federal, Nuzman estaria envolvido na negociação da propina paga ao filho do dirigente senegalês, que seria repassada na sequência. O presidente do COB, segundo a acusação, teria sido fundamental para sua viabilização.

Em 2 de outubro de 2009, Rio, Madri, Tóquio e Chicago disputaram o direito de sediar os Jogos. A cidade americana caiu na primeira rodada, e a capital japonesa na segunda. Na votação final, o Rio de Janeiro derrotou a capital espanhola por 66 votos a 32.