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Presidente do Comitê Olímpico Espanhol crê em escolha limpa nos Jogos de 2016

05/09/2017 11h35

Madri, 5 set (EFE).- O presidente do Comitê Olímpico Espanhol, Alejandro Blanco, garantiu nesta terça-feira se manter convicto que a escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em que o Rio de Janeiro superou Madri, aconteceu de maneira limpa.

"Nós fomos com a melhor candidatura, como mostrou a Comissão de Avaliação do COI (Comitê Olímpico Internacional), e depois perdemos. Quero pensar que foi porque a Assembleia Geral, livremente, decidi que outra cidade organizasse os Jogos. Se não tivesse sido assim, me sentiria decepcionado. Confio, plenamente, nos membros do COI", garantiu o espanhol.

Hoje, foi desencadeada a operação batizada de 'Unfair Play', realizada a partir da força-tarefa no Rio de Janeiro da Operação Lava-Jato, que aponta para o pagamento de propina durante o processo de escolha, um deles, para o senegalês Papa Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional, Lamine Diack.

"Estou convencido, convencidíssimo, de que não são pessoas corruptas", afirmou Alejandro Blanco.

De acordo com os detalhes já divulgados da operação, Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, identificado em inquérito como "Rei Arthur", pelo prestígio junto ao governo estadual fluminense, teria recebido a incumbência do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso, de pagar US$ 2 milhões (R$ 6,2 milhões) a Papa Diack.

Para o Ministério Público Federal, Nuzman estaria envolvido na negociação da propina paga ao filho do dirigente senegalês, que seria repassada na sequência. O presidente do COB, segundo a acusação, teria sido fundamental para sua viabilização.

Em 2 de outubro de 2009, Rio, Madri, Tóquio e Chicago disputaram o direito de sediar os Jogos. A cidade americana caiu na primeira rodada, a capital japonesa na segunda, e, na final, a a cidade fluminense derrotou a capital espanhola por 66 votos a 32.

"Espero que tudo seja esclarecido. Nós concorremos nos Jogos de 2012, 2016 e 2020, com total transparência. Ninguém pode falar uma vírgula das candidaturas da Espanha, e espero que eles (os brasileiros) tenham atuado da mesma maneira. Se não, seria muito ruim para o movimento olímpico e a sociedade, de maneira geral. Traria uma grande desgosto", concluiu Blanco.