Grêmio resolve na bola parada, vence Botafogo e vai à semi da Libertadores
Porto Alegre, 20 set (EFE).- Em mais um jogo de muita transpiração por parte dos dois times e de chances para os dois lados, o Grêmio conseguiu um gol com o centroavante Barrios em lance de bola parada, venceu o Botafogo por 1 a 0 em Porto Alegre e se classificou para as semifinais da Taça Libertadores.
O roteiro da partida de volta foi o parecido com o da ida, na semana passada, no Estádio Olímpico Nilton Santos: marcação forte, pouco espaço para criação e alternância no domínio. A diferença é que no Rio de Janeiro houve empate sem gols e desta vez o Imortal marcou em cabeceio de seu centroavante, no começo do segundo tempo, após cobrança de falta do lateral Edílson.
Assim, a festa foi dobrada para a torcida tricolor na Arena do Grêmio no dia Dia do Gaúcho, em que é lembrada a Revolução Farroupilha e inclusive foi feriado no Rio Grande do Sul.
Na luta para voltar à decisão continental, a qual disputou pela última vez há dez anos, quando perdeu para o Boca Juniors, o Grêmio terá pela frente o Barcelona de Guayaquil, que surpreendeu ao eliminar o Santos em plena Vila Belmiro. Nas oitavas, a equipe equatoriana já havia superado outro representante brasileiro, o Palmeiras.
Para o Glorioso, teve fim uma campanha digna do apelido. O Bota deixou para trás nada menos que cinco campeões da Libertadores: Colo-Colo e Olimpia, ainda na fase preliminar, Estudiantes e Atlético Nacional, no grupo 1, e Nacional do Uruguai nas oitavas. Acabou parando em um dono de duas taças.
Os dois principais jogadores do time dirigido por Renato Gaúcho foram desfalques no Rio e eram dúvidas para a partida desta quarta. Recuperado de uma lesão no músculo adutor da coxa direita, o zagueiro Pedro Geromel começou jogando, enquanto o atacante Luan, que teve um estiramento no mesmo lugar, ficou no banco e foi substituído por Léo Moura.
No Botafogo, Jair Ventura fez duas trocas em relação à ida. Victor Luis retornou à lateral esquerda após ter cumprido suspensão, e Rodrigo Lindoso foi escalado na vaga de Léo Valencia, aumentando o poder de marcação.
A primeira chance de gol da partida na capital gaúcha foi dos donos da casa, aos cinco minutos da etapa inicial. Cortez, ex-jogador do Glorioso, arriscou da intermediária, e a bola passou perto da trave direita. Os visitantes responderam aos nove, em confusão na área, na qual Bruno Silva quase fez de calcanhar. Na sobra, Igor Rabello foi bloqueado.
O jogo era lá e cá, e os times estavam iguais até no número de bolas na trave. Aos 21 minutos, Cortez bateu lateral para a área, Barrios preparou e Fernandinho mandou no travessão. Três minutos depois, Bruno Silva arriscou rasteiro de fora da área e acertou o pé do poste esquerdo.
Entre as duas jogadas, ainda houve uma grande oportunidade desperdiçada por Rodrigo Pimpão. Edílson, outro ex-Bota, escorregou na direita de defesa, o atacante alvinegro disparou, entortou o lateral-direito, que o perseguiu após o erro, e chutou por baixo. Grohe pegou em dois tempos.
A partir de então, a equipe carioca passou a atacar mais e a exercer certo domínio. Aos 33, Victor Luis soltou a bomba em cobrança de falta, e Grohe espalmou do jeito que deu. Um minuto depois, Pimpão foi ao fundo pela esquerda novamente e agora preferiu o passe, mas Geromel cortou.
Para sair do sufoco, Renato Gaúcho tirou Léo Moura, que não foi bem na armação, e mandou Everton a campo. Uma nova tentativa foi feita aos 42, com Fernandinho, mais um a arriscar de fora da área e vera bola ir em tiro de meta.
O segundo tempo começou com uma defesa espetacular de Gatito Fernández. Loco com um minuto, Fernandinho levantou em cobrança de falta, Michel cabeceou e o goleiro paraguaio voou no ângulo esquerdo para desviar. A bola ainda tocou na trave antes de sair.
Na tentativa de embalar com o momento favorável, o Tricolor fez bonita linha de passe aos dez minutos, até Edilson chutar cruzado e acerta a rede, mas pelo lado de fora. Aos 15, mais uma vez a bola foi de pé em pé na entrada da área, como num jogo de handebol, e Fernandinho concluiu rasteiro. Gatito encaixou.
De tanto "martelar", o Grêmio chegou ao gol aos 17 minutos. Edílson bateu falta da direita na segunda trave até Barrios, que ganhou de Matheus Fernandes e cabeceou para a rede. Os botafoguenses reclamaram de falta no volante, mas o árbitro ignorou e validou o lance.
Jair Ventura então colocou o Botafogo para cima, com as entradas de Léo Valencia e Guilherme nas vagas de Matheus Fernandes e Rodrigo Pimpão. Quem voltou a dar trabalho, entretanto, foi Edílson, que cobrou infração na barreira, aos 27 minutos. Logo em seguida, aos 28, depois do escanteio, Kannemann cabeceou para baixo e Gatito fez linda intervenção.
Os minutos finais foram de desespero do time carioca, que estaria classificado caso buscasse o empate, mas o gol não saiu. Aos 40, Arnaldo bateu córner e Carli ganhou pelo alto, mas cabeceou à direita do alvo. Aos 44, como centroavante alvinegro, o defensor argentino preparou de cabeça para Roger, que não alcançou.
Ficha técnica:.
Grêmio: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Arthur, Ramiro (Luan), Léo Moura (Everton) e Fernandinho; Barrios (Jailson). Técnico: Renato Gaúcho.
Botafogo: Gatito Fernández; Arnaldo, Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Matheus Fernandes (Léo Valencia) e João Paulo (Brenner); Roger e Rodrigo Pimpão (Guilherme). Técnico: Jair Ventura.
Árbitro: Patricio Loustau (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Juan Belatti e Ezequiel Brailovsky.
Cartões amarelos: Pedro Geromel, Kannemann, Cortez e Edílson (Grêmio); Igor Rabello, João Paulo, Rodrigo Lindoso e Roger (Botafogo).
Gol: Barrios (Grêmio).
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
O roteiro da partida de volta foi o parecido com o da ida, na semana passada, no Estádio Olímpico Nilton Santos: marcação forte, pouco espaço para criação e alternância no domínio. A diferença é que no Rio de Janeiro houve empate sem gols e desta vez o Imortal marcou em cabeceio de seu centroavante, no começo do segundo tempo, após cobrança de falta do lateral Edílson.
Assim, a festa foi dobrada para a torcida tricolor na Arena do Grêmio no dia Dia do Gaúcho, em que é lembrada a Revolução Farroupilha e inclusive foi feriado no Rio Grande do Sul.
Na luta para voltar à decisão continental, a qual disputou pela última vez há dez anos, quando perdeu para o Boca Juniors, o Grêmio terá pela frente o Barcelona de Guayaquil, que surpreendeu ao eliminar o Santos em plena Vila Belmiro. Nas oitavas, a equipe equatoriana já havia superado outro representante brasileiro, o Palmeiras.
Para o Glorioso, teve fim uma campanha digna do apelido. O Bota deixou para trás nada menos que cinco campeões da Libertadores: Colo-Colo e Olimpia, ainda na fase preliminar, Estudiantes e Atlético Nacional, no grupo 1, e Nacional do Uruguai nas oitavas. Acabou parando em um dono de duas taças.
Os dois principais jogadores do time dirigido por Renato Gaúcho foram desfalques no Rio e eram dúvidas para a partida desta quarta. Recuperado de uma lesão no músculo adutor da coxa direita, o zagueiro Pedro Geromel começou jogando, enquanto o atacante Luan, que teve um estiramento no mesmo lugar, ficou no banco e foi substituído por Léo Moura.
No Botafogo, Jair Ventura fez duas trocas em relação à ida. Victor Luis retornou à lateral esquerda após ter cumprido suspensão, e Rodrigo Lindoso foi escalado na vaga de Léo Valencia, aumentando o poder de marcação.
A primeira chance de gol da partida na capital gaúcha foi dos donos da casa, aos cinco minutos da etapa inicial. Cortez, ex-jogador do Glorioso, arriscou da intermediária, e a bola passou perto da trave direita. Os visitantes responderam aos nove, em confusão na área, na qual Bruno Silva quase fez de calcanhar. Na sobra, Igor Rabello foi bloqueado.
O jogo era lá e cá, e os times estavam iguais até no número de bolas na trave. Aos 21 minutos, Cortez bateu lateral para a área, Barrios preparou e Fernandinho mandou no travessão. Três minutos depois, Bruno Silva arriscou rasteiro de fora da área e acertou o pé do poste esquerdo.
Entre as duas jogadas, ainda houve uma grande oportunidade desperdiçada por Rodrigo Pimpão. Edílson, outro ex-Bota, escorregou na direita de defesa, o atacante alvinegro disparou, entortou o lateral-direito, que o perseguiu após o erro, e chutou por baixo. Grohe pegou em dois tempos.
A partir de então, a equipe carioca passou a atacar mais e a exercer certo domínio. Aos 33, Victor Luis soltou a bomba em cobrança de falta, e Grohe espalmou do jeito que deu. Um minuto depois, Pimpão foi ao fundo pela esquerda novamente e agora preferiu o passe, mas Geromel cortou.
Para sair do sufoco, Renato Gaúcho tirou Léo Moura, que não foi bem na armação, e mandou Everton a campo. Uma nova tentativa foi feita aos 42, com Fernandinho, mais um a arriscar de fora da área e vera bola ir em tiro de meta.
O segundo tempo começou com uma defesa espetacular de Gatito Fernández. Loco com um minuto, Fernandinho levantou em cobrança de falta, Michel cabeceou e o goleiro paraguaio voou no ângulo esquerdo para desviar. A bola ainda tocou na trave antes de sair.
Na tentativa de embalar com o momento favorável, o Tricolor fez bonita linha de passe aos dez minutos, até Edilson chutar cruzado e acerta a rede, mas pelo lado de fora. Aos 15, mais uma vez a bola foi de pé em pé na entrada da área, como num jogo de handebol, e Fernandinho concluiu rasteiro. Gatito encaixou.
De tanto "martelar", o Grêmio chegou ao gol aos 17 minutos. Edílson bateu falta da direita na segunda trave até Barrios, que ganhou de Matheus Fernandes e cabeceou para a rede. Os botafoguenses reclamaram de falta no volante, mas o árbitro ignorou e validou o lance.
Jair Ventura então colocou o Botafogo para cima, com as entradas de Léo Valencia e Guilherme nas vagas de Matheus Fernandes e Rodrigo Pimpão. Quem voltou a dar trabalho, entretanto, foi Edílson, que cobrou infração na barreira, aos 27 minutos. Logo em seguida, aos 28, depois do escanteio, Kannemann cabeceou para baixo e Gatito fez linda intervenção.
Os minutos finais foram de desespero do time carioca, que estaria classificado caso buscasse o empate, mas o gol não saiu. Aos 40, Arnaldo bateu córner e Carli ganhou pelo alto, mas cabeceou à direita do alvo. Aos 44, como centroavante alvinegro, o defensor argentino preparou de cabeça para Roger, que não alcançou.
Ficha técnica:.
Grêmio: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Arthur, Ramiro (Luan), Léo Moura (Everton) e Fernandinho; Barrios (Jailson). Técnico: Renato Gaúcho.
Botafogo: Gatito Fernández; Arnaldo, Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Matheus Fernandes (Léo Valencia) e João Paulo (Brenner); Roger e Rodrigo Pimpão (Guilherme). Técnico: Jair Ventura.
Árbitro: Patricio Loustau (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Juan Belatti e Ezequiel Brailovsky.
Cartões amarelos: Pedro Geromel, Kannemann, Cortez e Edílson (Grêmio); Igor Rabello, João Paulo, Rodrigo Lindoso e Roger (Botafogo).
Gol: Barrios (Grêmio).
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
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