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Barça decidiu jogar de portões fechados por "inconformidade", diz presidente

01/10/2017 12h11

Redação Central, 1 out (EFE).- O presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, explicou que a decisão de disputar a partida deste domingo contra o Las Palmas com o Camp Nou de portões fechados não foi tomada por motivos de segurança, mas para expressar "inconformidade" com o que está acontecendo na Catalunha.

"A segurança está garantida, assim nos disseram os Mossos d'Esquadra (polícia catalã) e a Polícia Nacional. Os portões fechados não são por segurança, mas por motivos excepcionais. Lamentamos muito o que está acontecendo hoje na Catalunha, essa falta de liberdade de expressão que tanto prezamos", disse o mandatário à emissora "beIN Sports".

A Catalunha realiza neste domingo um referendo sobre a independência da região, que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional da Espanha. Durante operações da polícia espanhola para impedir a votação, diversos distúrbios entre agentes e eleitores já deixaram mais de 300 feridos.

De acordo com Bartomeu, a diretoria vê "com muita pena o que está ocorrendo", por isso decidiu, "em vez de anular a partida, que era o que todos no clube queriam, jogar a partida, mas de uma maneira excepcional, ou seja, sem público". Com a partida em andamento, o placar eletrônico do estádio exibe a palavra "democracia".

"De portões fechados para que se veja uma partida de futebol, mas que nada tem a ver com a normalidade que jogamos durante toda a nossa história. É uma partida excepcional, sem público. E damos o nosso apoio a todos que estão sofrendo com esta falta de liberdade de expressão", comentou.

O mandatário explicou que desde cedo a diretoria manteve contato com os organismos e instituições competentes para tentar cancelar o jogo, mas que "não houve jeito".

"Diante da recusa da liga espanhola para anular a partida e adiá-la para outro dia, o que significaria uma perda de pontos, falamos com diretores, executivos, comissão técnica e jogadores e decidimos jogar, mas de portões fechados para que se veja esta crítica ou esta maneira de mostrar inconformidade para o mundo inteiro", ressaltou.