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Uruguai vence Bolívia de virada e se garante na Copa sem repescagem

10/10/2017 22h46

Montevidéu, 10 out (EFE).- O Uruguai, enfim, espantou o fantasma da repescagem e se garantiu de maneira direta na Copa do Mundo de 2018, ao vencer de virada nesta terça-feira a Bolívia por 4 a 2, terminando assim as Eliminatórias sul-americanas na segunda posição, atrás apenas do Brasil.

O atacante Edinson Cavani, autor do segundo gol da Celeste na partida, terminou a competição como artilheiro isolado, por ter marcado dez vezes. O polivalente defensor Martín Cáceres, que começou na lateral-direita e terminou na esquerda, também balançou a rede, e o atacante Luis Suárez completou, marcando duas vezes.

Os bolivianos largaram na frente do placar com gol contra do lateral-esquerdo Gastón Silva. O veterano zagueiro Diego Godín, já quando a Celeste vencia por 4 a 1, também balançou as próprias redes no Estádio Centenário, em Montevidéu.

A vitória levou a Celeste a 31 pontos e à vice-liderança isolada, com dez a menos que o Brasil. Com isso, a seleção comandada por Óscar Tabárez, que poderia ter que disputar a repescagem com a Nova Zelândia em caso de uma improvável combinação de resultados, se garantiu pela 13ª vez na Copa.

Aliás, o playoff derradeiro por uma vaga no Mundial havia virado rotina para os uruguaios, que por meio dele se classificaram em 2002, 2010 e 2014. Em 2006, a derrota na série contra a Austrália resultou em eliminação. A última vez que a seleção havia se garantido sem precisar da repescagem foi em 1990.

Para o jogo desta terça-feira, o técnico Óscar Tabárez perdeu o volante Nahitan Nández, por suspensão. O jogador do Boca Juniors foi substituído pelo meia Giorgian de Arrascaeta, do Cruzeiro. Maxi Pereira e Cebolla Rodríguez deram lugar a Gastón Silva e Rodrigo Bentancur, respectivamente.

A seleção boliviana, por sua vez, foi escalada pelo técnico Mauricio Soria com cinco mudanças com relação a equipe que empatou com o Brasil, na última quinta-feira, em 0 a 0, em La Paz. O comandante de ataque foi Marcelo Moreno, ex-Vitória, Cruzeiro, Grêmio e Flamengo.

Desde o apito inicial, o Uruguai tomou a iniciativa da partida e foi para cima, esbarrando, no entanto, em Lampe, que já havia brilhado contra Neymar e companhia na semana passada. Aos 3, o goleiro parou chute de Suárez, e, no minuto seguinte foi a vez de Cavani perder oportunidade.

Sem conseguir balançar as redes, os donos da casa viram a Bolívia sair na frente aos 23, em lance de comédia pastelão. Após cobrança de lateral da esquerda, Marcelo Moreno escorou, Godín foi tentar cortar e chutou a bola em Gastón Silva, que desviou para o fundo das redes.

O "troco" uruguaio veio na mesma moeda, nove minutos depois, em jogada iniciada com tabela entre Suárez e Cavani, que teve defesa de Lampe. Na sequência, Candía tentou cortar e acertou o goleiro boliviano, em bola que saiu pela linha de fundo, muito perto do gol.

Aos 38, a Celeste, enfim, tirou o grito de gol da garganta do torcedor, em jogada cheia de bate-rebate, em que Gastón Silva pegou sobra na esquerda e bateu sem direção, mas em que Cáceres se mostrou atento e desviou para o gol.

A virada uruguaia no placar veio ainda no primeiro tempo, aos 41 minutos, quando Cavani mostrou o habitual oportunismo, acertando cabeçada para vencer Lampe, após cruzamento da direita de Cáceres, marcando pela décima vez na competição.

No início do segundo tempo, a Celeste ficou muito perto de fazer o terceiro gol, em cobrança de falta executada com categoria por De Arrascaeta, que passou muito perto do gol boliviano.

Aos 14, também em jogada com participação do meia do Cruzeiro, que desviou bola e matou a zaga boliviana, Suárez apareceu livre e bateu para as redes, ampliando.

Em ritmo de treino, o Uruguai chegou ao quarto aos 30 da etapa final, mais uma vez com gol do centroavante do Barcelona, dessa vez após passe de Cristian Rodríguez, que havia entrado instantes antes na vaga de Valverde.

Pouco depois, aos 33, a Bolívia voltou a mexer no placar, de novo com gol marcado por jogador do adversário. Dessa vez, depois de lançamento de Arce, que havia acabado de substituir Chumacero, Godín acabou cabeceando para trás, batendo Muslera.

Nos acréscimos do segundo tempo, ainda houve tempo para Rodríguez ficar a centímetros de fazer o quinto, acertando uma bomba na trave defendida por Lampe.



Ficha técnica:.

Uruguai: Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Silva (Pereira); Vecino, Valverde (Rodríguez), Bentancur e De Arrascaeta (Lodeiro); Cavani e Suárez. Técnico: Óscar Tabárez.

Bolívia: Lampe; Diego Bejarano, Gabriel Valverde, Raldes e Candía; Sagredo, Chumacero (Arce), Castro (Justiniano), Machado e Campos; Marcelo Moreno (Álvarez). Técnico: Mauricio Soria.

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Brasil), auxiliado pelos compatriotas Rodrigo Corrêa e Guilherme Dias Camilo.

Gols: Cáceres, Cavani e Suárez (2) (Uruguai); Silva (contra) e Godín (contra) (Bolívia).

Cartão amarelo: Candía (Bolívia).

Estádio: Centenário, em Montevidéu (Uruguai).