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Seneme defende VAR e destaca erro na classificação do Panamá para Copa

16/10/2017 16h21

Assunção, 16 out (EFE).- Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol, defendeu, em entrevista à Agência Efe, o uso do sistema de auxílio de vídeo para os árbitros, citando como exemplo, o erro no jogo entre Panamá e Costa Rica, pelas Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2018.

"Não pode acontecer uma jogada como aquela, não legitimando uma classificação. Não é isso que o árbitro quer, nem o público, nem os jogadores. Ninguém quer isso", garantiu o ex-árbitro Fifa.

Há uma semana, o Panamá marcou gol de empate em lance que a bola não ultrapassou a linha, em que atacante Gabriel Torres mergulhou para tentar marcar de cabeça, mas conseguiu empurrá-la para as redes. O árbitro guatemalteco Walter López Castellanos, no entanto, validou o gol anfitrião.

Os panamenhos conseguiram arrancar a virada com gol do zagueiro e capitão Román Torres, aos 42 do segundo tempo. O resultado positivo valeu classificação para a Copa do Mundo, devido a derrota dos Estados Unidos para Trinidad e Tobago por 2 a 0.

"Se posso colocar em prática um sistema que vai me salvar de tudo isso, inclusive a carreira do árbitro, por que não ajudá-lo também? Isso vai trazer benefícios, se a implementação é feita de uma maneira responsável e correta", avaliou Seneme.

O brasileiro dirigiu nesta segunda-feira um curso de capacitação para árbitros do quadro da Conmebol, visando a implementação do VAR a partir das semifinais da Taça Libertadores. A grande preocupação é garantir o entrosamento da equipe de vídeo com a de campo.

"O árbitro é o líder. Se o enviam uma informação e não há certeza, a decisão final é dele. O árbitro de vídeo é apenas um assistente. As pessoas precisam entender que os juízes estão ganhando um seguro. O VAR é o seguro do árbitro", explicou o presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol.

Seneme garantiu que será respeitada a determinação da International Board (IFAB), sobre o uso do novo sistema, que não irá paralisar os jogos de maneira constantes, pois apenas o árbitro principal é quem pode pedir o auxílio externo.

"Há quatro casos em que é permitido o vídeo, em expulsões diretas, pênaltis marcados de forma errada ou não marcados, também todas as revisões de situação de gols, se houver falta prévia ou impedimento, ou erro de identificação de jogadores", afirmou.