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Ídolo russo põe Brasil entre favoritos na Copa e prevê sufoco para anfitriões

19/10/2017 18h38

Sochi (Rússia), 19 out (EFE).- O ex-meia Andrei Kanchelskis, que defendeu as seleções soviética e russa e também clubes como Manchester United, Fiorentina, Manchester City, entre outros, colocou a seleção brasileira no grupo das favoritas ao título da Copa do Mundo de 2018.

"Espanha, Alemanha e também o Brasil, que outra vez vem aparecendo muito bem, são os três candidatos ao título no Mundial", disse à Agência Efe o antigo jogador, que nasceu na Ucrânia e defendeu as seleções da União Soviética, da CEI e da Rússia.

Com passagem por Diabos Vermelhos e 'Citizens', além de Everton e Southampton, Kanchelskis descartou que a seleção inglesa possa conquistar o título na Rússia, no próximo ano, embora admita a existência de bons jovens jogadores no país.

"Eu não acredito que a Inglaterra possa aspirar ganhar um Mundial. Falta algo a eles, talvez caráter. Pode ser que sintam falta de um líder como Bobby Charlton em 1966, Bryan Robson nos anos 80 ou Gary Lineker nos 90", avaliou.

Para Kanchelskis, a opinião mais forte recai para a os anfitriões, já que acredita em um desastre na Copa. O ex-jogador critica a decisão da federação de contratar o técnico Stanislav Cherchesov, ao invés de Kurban Berdyev, que comanda o Rubin Kazan.

"A seleção russa não está bem. Eu já havia dito na Copa das Confederações: 'seremos terceiros no grupo'. Foi o que aconteceu. Agora, penso que as coisas podem ir muito mal no Mundial. Tudo depende de quem nós enfrentaremos no grupo", disse.

Para o antigo meia, a origem dos problemas no futebol russo são proveniente da desintegração da União Soviética, a partir de 1991, que deu origem a seleção da Comunidade dos Estados Independente, que chegou a participar da Eurocopa do ano seguinte, e, em seguida, diversas equipes nacionais.

"Foram perdidos valores, ideias, tradição, tudo. Dsede então, não progredimos. Estamos estancados, sem uma escola esportiva. Na Espanha e na Alemanha, por exemplo, há tradição, enquanto na Rússia, nós a perdemos em 1991", lamentou.