COI está convencido de que Jogos de Paris 2024 terão orçamento respeitado
Paris, 2 nov (EFE).- O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), o alemão Thomas Bach, disse que está "muito confiante" de que os organizadores dos Jogos de Paris 2024 respeitarão seu orçamento e que, inclusive, há muitas possibilidades de que o evento gere lucro em termos operacionais.
Em entrevista publicada nesta quinta-feira (02) pelo jornal francês "Le Parisien", Bach comentou que será somada a contribuição do COI - cerca de 1,46 bilhão de euros - com as receitas de marketing, o que, no total, chegará a 4,04 bilhões de euros, e isto é "muito mais" que os US$ 3,8 bilhões de euros que a candidatura da capital francesa previu no orçamento operacional.
Por isso, Bach acrescentou que "há muitas possibilidades de que o evento gere lucro".
Quanto ao programa de investimentos, o dirigente esportivo afirmou que no caso de Paris "é mínimo" o risco de uma "derrapada", já que 95% das instalações já existem ou terão um caráter temporário.
Sobre esse aspecto, Bach considerou que no passado houve defasagem entre os investimentos previstos e os realizados efetivamente porque algumas cidades-sede aproveitaram os Jogos "como um catalisador para outros projetos".
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que também foi entrevistada pelo "Le Parisien", especificou que, na hora de desenvolver o projeto da candidatura, "as necessidades" constatadas no terreno foram o ponto de partida, de modo que "não haverá despesas inúteis". "Os Jogos de 2024 consumirão 1,5 bilhão de euros de recursos públicos, uma quantia importante, mas que financiará a construção de infraestruturas que servirão de forma duradoura aos moradores", afirmou a governante.
Basicamente, o que será construído é a piscina olímpica, assim como a vila dos atletas e as instalações que serão ocupados pelos meios de comunicação e seus profissionais, "que depois se transformarão em bairros".
Para garantir a transparência na gestão, a prefeita solicitou o apoio da Alta Autoridade para a Transparência da Política e do Tribunal de Contas da França.
Além disso, Hidalgo propôs a criação de um comitê de ética e de transparência, "com poderes de investigação" e pediu ao secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, que lhe preste assistência, aproveitando sua experiência neste campo.
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