COI suspende suspeito de corrupção na escolha do Rio para Jogos de 2016

Redação Central, 7 nov (EFE).- O Comitê Olímpico Internacional anunciou a suspensão do ex-velocista namíbio Frank Fredericks como membro da organização pelas acusações de corrupção na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 feitas pela Justiça da França no início de novembro.

"Considerando a gravidade, a urgência da situação e seu impacto na reputação do COI, o Comitê de Ética decide suspender Frank Fredericks de todos os direitos, prerrogativas e funções que derivam de sua qualidade como membro do COI", disse o órgão em nota.

O Comitê Executivo do COI se reuniu hoje para analisar a evolução da situação de Fredericks, acusado de receber propina para beneficiar a candidatura do Rio para ser sede dos Jogos de 2016.

No dia 4 de março, outro jornal francês, o "Le Monde", revelou que o ex-atleta recebeu 262 mil euros no mesmo dia da escolha da sede dos Jogos, feita em 2 de outubro de 2009.

O juiz Renaud van Ruymbeke está desde o final de 2015 à frente de uma investigação de corrupção na concessão dos Jogos de 2020 - Tóquio venceu a disputa - que foi ampliada para o processo que decidiu a sede da edição de 2016.

A Comissão de Ética do COI destacou a importância de represeitar o "princípio de presunção de inocência para qualquer pessoa imersa em uma investigação penal". No entanto, levando em consideração o impacto na reputação do COI, o órgão decidiu suspender o ex-atleta.

O Comitê Executivo do COI acolheu a recomendação da Comissão de Ética e reiterou o compromisso da entidade em cooperar com as autoridades francesas, já que tem a condição de "parte civil" na ação em andamento.