Fundação de jogador dá esperança para crianças refugiadas através do futebol
Carlos García.
Paços de Ferreira (Portugal), 12 nov (EFE).- O meia-atacante Awer Mabil, que nasceu no Quênia, se naturalizou australiano e joga atualmente no Paços de Ferreira, de Portugal, criou uma fundação para ajudar os refugiados do campo de Kakuma, onde nasceu e viveu até os 10 anos de idade, com toda a família.
Contratado por empréstimo no início desta temporada pelo clube português, junto ao Midtjylland, da Dinamarca, o jovem jogador, de 22 anos, garantiu que a fundação "Barefoot to Boots" (De descalço às chuteiras, em tradução livre), visa melhorar a vida das pessoas no local aonde chegou, fugindo de conflito armado no Sudão do Sul.
No campo, Mabil jogava futebol com os amigos, em momentos que podia esquecer um pouco a dura realidade, de morar em local onde estavam 170 mil pessoas, entre elas 14 mil órfãos.
"Passava o dia todo jogando bola", relembra o jogador, com passagem pelas seleções de base australianas, que vem ganhando espaço no setor ofensivo do Paços de Ferreira.
Mabil deixou o campo de refugiados aos 10 anos, quando a família teve a oportunidade de se mudar para a Austrália. O esporte favorito seguiu o acompanhando, nas ruas de bairro do norte de Adelaide.
O jovem foi descoberto por olheiros do Adelaide United, que o levaram para atuar na base do clube, que disputa a primeira divisão do campeonato do país. Ainda em 2012, com 17 anos passou a treinar com o time principal, no qual estreou em janeiro do ano seguinte.
O primeiro contrato profissional permitiu com que o então adolescente ajudasse amigos, familiares e a grande maioria das pessoas que ainda seguia no campo de Kakuma. Mabil passou a enviar bolas, uniformes e chuteiras para as crianças do local.
O despontar da carreira permitiu que empresários e dirigentes conhecessem a iniciativa do jovem jogador, como ele mesmo admite.
"A fundação cresceu e agora tem objetivos maiores", garante.
Apesar do foco, a organização criada pelo meia-atacante do Paços de Ferreira já foi além de Kakuna, obtendo donativos para campos de refugiados existentes na Turquia, Líbano e Uganda.
Mabil contou à Agência Efe que, em breve, irá ao campo de refugiados para conseguir entregar tudo o que conseguiu arrecadar, além de aproveitar a oportunidade para reencontrar velhos amigos e parentes. Depois, o meia-atacante espera seguir crescendo na carreira.
"Estou evoluindo muito, jogando em uma das sete melhores ligas do mundo", avaliou o australiano.
Na temporada passada, o jogador nascido no Quênia esteve emprestado ao Esbjerg, também da Dinamarca. O desempenho valeu um contrato renovado até 2020 com o Midtjylland. A partir daí, o fã de Cristiano Ronaldo, Neymar e Lionel Messi espera dar novo salto.
"Quero jogar em alguma das ligas mais importantes do mundo, a da Espanha ou Inglaterra", diz o ambicioso jovem.
Paços de Ferreira (Portugal), 12 nov (EFE).- O meia-atacante Awer Mabil, que nasceu no Quênia, se naturalizou australiano e joga atualmente no Paços de Ferreira, de Portugal, criou uma fundação para ajudar os refugiados do campo de Kakuma, onde nasceu e viveu até os 10 anos de idade, com toda a família.
Contratado por empréstimo no início desta temporada pelo clube português, junto ao Midtjylland, da Dinamarca, o jovem jogador, de 22 anos, garantiu que a fundação "Barefoot to Boots" (De descalço às chuteiras, em tradução livre), visa melhorar a vida das pessoas no local aonde chegou, fugindo de conflito armado no Sudão do Sul.
No campo, Mabil jogava futebol com os amigos, em momentos que podia esquecer um pouco a dura realidade, de morar em local onde estavam 170 mil pessoas, entre elas 14 mil órfãos.
"Passava o dia todo jogando bola", relembra o jogador, com passagem pelas seleções de base australianas, que vem ganhando espaço no setor ofensivo do Paços de Ferreira.
Mabil deixou o campo de refugiados aos 10 anos, quando a família teve a oportunidade de se mudar para a Austrália. O esporte favorito seguiu o acompanhando, nas ruas de bairro do norte de Adelaide.
O jovem foi descoberto por olheiros do Adelaide United, que o levaram para atuar na base do clube, que disputa a primeira divisão do campeonato do país. Ainda em 2012, com 17 anos passou a treinar com o time principal, no qual estreou em janeiro do ano seguinte.
O primeiro contrato profissional permitiu com que o então adolescente ajudasse amigos, familiares e a grande maioria das pessoas que ainda seguia no campo de Kakuma. Mabil passou a enviar bolas, uniformes e chuteiras para as crianças do local.
O despontar da carreira permitiu que empresários e dirigentes conhecessem a iniciativa do jovem jogador, como ele mesmo admite.
"A fundação cresceu e agora tem objetivos maiores", garante.
Apesar do foco, a organização criada pelo meia-atacante do Paços de Ferreira já foi além de Kakuna, obtendo donativos para campos de refugiados existentes na Turquia, Líbano e Uganda.
Mabil contou à Agência Efe que, em breve, irá ao campo de refugiados para conseguir entregar tudo o que conseguiu arrecadar, além de aproveitar a oportunidade para reencontrar velhos amigos e parentes. Depois, o meia-atacante espera seguir crescendo na carreira.
"Estou evoluindo muito, jogando em uma das sete melhores ligas do mundo", avaliou o australiano.
Na temporada passada, o jogador nascido no Quênia esteve emprestado ao Esbjerg, também da Dinamarca. O desempenho valeu um contrato renovado até 2020 com o Midtjylland. A partir daí, o fã de Cristiano Ronaldo, Neymar e Lionel Messi espera dar novo salto.
"Quero jogar em alguma das ligas mais importantes do mundo, a da Espanha ou Inglaterra", diz o ambicioso jovem.
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