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Federação de bobsled revoga suspensão de 9 atletas russos por falta de provas

01/12/2017 20h18

Redação Central, 1 dez (EFE).- A Federação Internacional de Bobsled e Skeleton revogou a suspensão de nove atletas russos que tinham sido desclassificados dos Jogos de Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por violação das regras antidoping, ao considerar que "não há provas suficientes" para aplicar a punição.

Alexander Zubkov, campeão olímpico de bobsled, e Alexander Tretiakov, campeão de skeleton, estão na relação de atletas que, para a sua federação, ficam reabilitados.

A Zubkov e Tetriakov se juntam Alexander Kasyanov, quarto em duplas e por equipes no bobsled; Aleksei Pushkarev e Ilvis Khuzin, também da seleção russa deste esporte; Elena Nikitina, medalha de bronze no skeleton; Olga Potykitsyna, quinta colocada; Maria Orlova, sexta; e Sergey Chudinov, também do skeleton.

Um painel de três analistas se reuniu em Munique, na Alemanha, com os nove competidores e seus representantes legais e "chegou à conclusão que ainda não há provas suficientes contra os atletas que justifiquem manter sobre eles uma suspensão provisória".

Em nota, a federação afirma que o painel "convida o COI a apresentar uma decisão argumentada, o mais rápido possível, para, potencialmente, reconsiderar a postura".

Zubkov, já aposentado, é presidente da federação de seu país e a suspensão o impedia de comparecer às provas da Copa do Mundo atualmente em disputa.

A comissão disciplinar do COI, que estuda a possível manipulação dos exames antidoping nos Jogos da Rússia, anulou os resultados de 25 atletas, entre eles os nove citados, por considerá-los culpados de violação das regras.

Embora o COI ainda não tenha revelado os pormenores dos seus casos, a única sentença já detalhada publicamente, que corresponde ao esquiador Alexander Legkov, fala de um "sofisticado esquema" de doping, no qual os atletas eram colaboradores plenamente conscientes de estarem cometendo irregularidades.

Nenhum deu positivo, mas o COI estima, de acordo com o caso Legkov, que se as amostras de urina foram trocadas, cabe fazer "a dedução lógica" de que havia um consumo de substâncias proibidas.

A medida tomada hoje pela federação de bobsled e skeleton é oposta à que foi adotada nesta quinta-feira pela Federação Internacional de Esqui, que tinha se negado a suspender seis esquiadores também desclassificados pelo COI e que, à vista das provas apresentadas na decisão sobre Legkov, finalmente sancionou todos por participarem de uma "conspiração sistemática".

O COI decidirá na próxima terça-feira se este esquema e a proliferação de exames positivos na Rússia merecem ser punidos com a exclusão de sua equipe dos Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro de 2018.