Kremlin diz que defenderá atletas russos, mas não romperá relações com o COI

Moscou, 5 dez (EFE).- O Kremlin afirmou nesta terça-feira que defenderá os interesses dos atletas russos, mas não romperá relações com o Comitê Olímpico Internacional (COI), que anunciará dentro de algumas horas sua decisão sobre a possível exclusão da Rússia dos Jogos de Inverno de PyeongChang em 2018.

"A Rússia se propõe a defender os interesses dos atletas e da Federação Russa, se mantendo fiel aos ideais olímpicos e conservando todos os contatos com o COI", disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

Peskov ressaltou que Moscou aposta em "resolver todos os problemas" através desses canais de comunicação com o COI.

O Kremlin afirmou ontem que o presidente russo, Vladimir Putin, se opõe a qualquer boicote dos Jogos de Inverno de PyeongChang, que começarão em 9 de fevereiro de 2018.

Por sua vez, hoje foi revelado que o Comitê Olímpico Russo (COR) se reunirá no próximo dia 12 de dezembro para estudar a resposta à decisão que será tomada hoje pelo COI.

Sobre o assunto, o ministro de Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, disse ontem que acredita que o COI tomará uma decisão "equilibrada".

Nas últimas semanas, 26 atletas russos foram desqualificados dos Jogos de Sochi por seu envolvimento no programa estatal de encobrimento testes de doping positivos.

Hoje, o presidente do COR, Alexander Zhukov, e o chefe da comissão independente antidoping criada pelo Kremlin, Vitali Smirnov, tentam provar para o COI, em Lausanne, a inocência da Rússia.

Evgenia Medvedeva, bicampeã mundial de patinação artística e uma das grandes favoritas ao ouro nos Jogos de Inverno, também discursará na cidade suíça contra a exclusão de toda a equipe russa do evento.

O COI já planejou retirar todos os russos antes dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, mas a punição se limitou a excluir pouco mais de 100 atletas, incluindo o time de atletismo.