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Rio Open anuncia Carreño Busta, mas vive indefinição quanto a brasileiros

05/12/2017 16h04

Rio de Janeiro, 5 dez (EFE).- Após ter confirmado ainda em outubro a participação do austríaco Dominic Thiem, atual campeão, e do croata Marin Cilic, a organização do Rio Open anunciou nesta terça-feira, durante o lançamento oficial da edição de 2018, que o espanhol Pablo Carreño Busta também disputará a competição no ano que vem, que ainda tem indefinições quanto à participação de brasileiros.

"Estou muito feliz em jogar no Rio novamente. Alcançar a minha primeira final de ATP 500 no Rio esse ano meu deu confiança para chegar no Top 10 e fazer a melhor temporada da minha carreira. Espero poder voltar ainda mais forte ano que vem e lutar pelo título", disse o espanhol em nota emitida pelos organizadores.

Dessa forma, já estão asseguradas as presenças dos dois finalistas de 2017: Thiem, número 5 do ranking mundial, e Carreño Busta, décimo, além de Cilic, sexto colocado da lista e atual vice-campeão de Wimbledon. Outra atração que já havia sido anunciada é o francês Gael Monfils, ex-número 6 da ATP e atualmente em 46º.

Por outro lado, quanto aos atletas brasileiros, nenhum deles está garantido na chave principal de simples devido ao mau ranqueamento. Os três melhores do país hoje são Rogério Dutra Silva (102), Thomaz Bellucci (113) e Thiago Monteiro (124).

"A gente está com uma dor de cabeça enorme, porque os três estão fora dos 100, e a lista do Rio Open historicamente fecha em 85 ou 90 (do ranking), então na situação atual os três precisariam de um 'wild card", declarou o diretor do Rio Open, Luiz Carvalho, o Lui, durante o evento de lançamento, realizado no Jockey Club, na zona sul da capital fluminense.

"Eles têm mais um torneio a disputar, e pode ser que alguma coisa mude. Eu tenho dois wild cards para três tenistas. O Rogerinho é o número 1 do país atualmente, o Thomaz é o maior tenista que o país já teve depois do Guga e da Maria Esther, e o Thiago sempre teve bons resultados aqui. Os três merecem, e é uma situação muito difícil", acrescentou.

A indefinição se estende à chave de duplas. Em 2017, tanto Marcelo Melo, atual número 1 do mundo, quanto Bruno Soares, número 10, atuaram com seus parceiros, respectivamente o polonês Lukasz Kubot e o britânico Jamie Murray.

"Não tenho sinalização deles ainda. Está todo mundo de férias. Eles ainda estão definindo o calendário pós Australian Open, mas acho que há uma boa chance de o Bruno jogar com o Jamie e o Marcelo com o Lukasz", afirmou Lui.

O diretor do torneio revelou também que, no momento, não há negociações em andamento com outros tenistas, mas ressaltou que espera que alguns outros atletas de peso se inscrevam, entre eles o espanhol David Ferrer, campeão em 2015.

"Ele pode se inscrever. Ele caiu um pouquinho. É um jogador que a gente adora, participou de todos os Rio Open. Existia um pouco de dúvida se ele jogaria mais um ano ou não, acho que ele vai jogar sim, mas pode ser que ele opte por ficar na Europa. É uma escolha natural", disse Lui sobre o atual 37º colocado do ranking.

"Eu não sei guardar segredo (risos). A gente não está falando com mais ninguém, mas naturalmente os tenistas vão se inscrever por se tratar de um ATP 500. Na semana de 8 de janeiro, a lista fecha. Estamos esperando, sim, por alguns bons tenistas, como o Cuevas, o Ramos-Viñolas, talvez o Ferrer. Há alguns da nova geração também. É o interessante que também os tenistas procurem o torneio, e não apenas a gente ir atrás dele. Isso demonstra o crescimento do evento e está acontecendo", acrescentou.