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Comite russo apoia participação de atletas "neutros" nos Jogos de Inverno

12/12/2017 10h09

Moscou, 12 dez (EFE).- O Comitê Olímpico russo (COR) deu sinal verde nesta terça-feira à participação dos atletas russos nos Jogos de Inverno de PyeongChang sob a bandeira neutra, decisão que conta também com o apoio do Kremlin.

O Comitê apoiou a moção por unanimidade, segundo informaram veículos de imprensa locais.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na semana passada que a Rússia não boicotará os Jogos e nem impedirá que os esportistas russos compitam na cidade sul-coreana a título individual.

"O Comitê Olímpico da Rússia (COR) se reuniu e tomou uma decisão, só podemos apoiá-la", reiterou hoje o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

O COR pediu também respeito e apoio aos atletas que decidirem não comparecer a PyeongChang.

Moscou deu anteriormente por fechada a investigação de doping de Estado nos Jogos Olímpicos de Sochi em 2014, que desembocou na exclusão da equipe russa dos Jogos de PyeongChang.

O presidente do COR, Alexander Zhukov, apontou que a Comissão Disciplinar do COI não tinha encontrado "provas documentais" que pudessem ser investigadas de maneira independente e imparcial e que confirmassem um programa de encobrimento de testes positivos nos JJOO de Sochi.

Ao comentar a decisão sobre a participação dos atletas russos nos Jogos de Inverno, Zhukov indicou que esta respeita o desejo dos esportistas que querem comparecer a PyeongChang, mas também "pede respeito aos esportistas que optarem por não participar".

O presidente do COR acrescentou que, segundo os cálculos preliminares, "cerca de 200 esportistas russos" podem viajar a PyeongChang, mas o número exato será determinado mais adiante pelo COI.

Já o ministro de Esportes, Pavel Kolobkov, assegurou que as autoridades prestarão apoio "jurídico, financeiro e moral", tanto aos atletas que participarem dos Jogos, como aos que não participarem.

Segundo os especialistas, as consequências para o esporte russo de um boicote a PyeongChang 2018 seriam desastrosas, começando por uma sanção de oito anos que deixaria o país fora dos próximos dois ciclos olímpicos.