Topo

Grêmio reina na América e põe Renato na história, mas não é páreo para o Real

29/12/2017 21h17

Douglas Rocha.

Redação Central, 29 dez (EFE).- Com um elenco montado principalmente com pratas da casa e jogadores que vinham sem espaço em grandes clubes ou esquecidos em times de menor expressão, sob a batuta do ídolo Renato Gaúcho, o Grêmio conquistou o título da Taça Libertadores e chegou à final do Mundial de Clubes, em que perdeu para o Real Madrid.

A temporada foi de afirmação para o Tricolor gaúcho. Provocado com uma valsa pelo atacante Eduardo Sasha, do rival Internacional, no começo de 2016, por até então estar há 15 temporadas sem títulos que não fossem regionais, o Imortal faturou a Copa do Brasil no ano passado e neste ano obteve o tri da América.

As atenções no Brasil estavam voltadas para Palmeiras, então campeão nacional, Flamengo e Atlético-MG, que investiram mais em busca do título continental. Correndo por fora, o Grêmio passou pela fase de grupos como líder de sua chave, deixou para trás Godoy Cruz, Botafogo e Barcelona-EQU até a final contra o Lanús, derrotado duas vezes, por 1 a 0 em Porto Alegre e por 2 a 1 na Argentina.

Renato contou com pratas da casa que corresponderam, como o volante Arthur e os atacantes Luan e Pedro Rocha, este último negociado com o Spartak Moscou antes dos jogos contra o Alvinegro carioca. Além disso, apostou em alguns "renegados", casos dos laterais Bruno Cortez e Léo Moura.

A equipe gaúcha partiu para o Mundial duas semanas depois de ter faturado a Libertadores, que pela primeira vez foi disputada ao longo de todo o ano e chegou à decisão. Nas semifinais, eliminou o Pachuca, do México, na prorrogação, com gol de outra joia da base, o meia-atacante Everton

Na luta pelo título, porém, o Grêmio encarou o todo-poderoso Real Madrid e perdeu por 1 a 0. Cristiano Ronaldo, em cobrança de falta, garantiu o sexto título do time madrilenho, incluída aí a Copa Intercontinental, o segundo seguido.

Quantos aos outros brasileiros, o Botafogo teve a melhor campanha, caindo nas quartas para os comandados de Renato. Palmeiras e Atlético-MG foram derrubados ainda nas oitavas, enquanto o Flamengo não passou da fase de grupos. O mesmo aconteceu com a Chapecoense, que, em seu ano de reconstrução após a tragédia aérea de novembro de 2016, foi punido pela escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio e perdeu pontos, abrindo passagem para que o Lanús avançasse rumo ao vice-campeonato.

Chape e Fla foram terceiros colocados em suas chaves e garantiram vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana. Os dois times brasileiros se enfrentaram nas oitavas, em que o Rubro-Negro carioca levou a melhor.

O campeão da Copa Intercontinental de 1981 levou a melhor, depois eliminou o rival Fluminense e o Junior Barranquilla até chegar à final, em que caiu diante do Independiente. O 'Rojo' venceu por 2 a 1 na Argentina e empatou em 1 a 1 no Maracanã, em duelo marcado por invasão em massa de torcedores flamenguistas ao estádio.

Na final da Sul-Americana, o Flamengo, que já havia sido vice-campeão da Copa do Brasil, perdendo para o Cruzeiro nos pênaltis, não pôde contar com o atacante Paolo Guerrero. O peruano foi suspenso por doping e, além do Rubro-Negro, desfalcou também a seleção de seu país, que obteve a classificação para a Copa do Mundo após 36 anos.

Na Argentina, além de Independiente e Lanús, Boca Juniors e River Plate também tiveram motivos para comemorar. Os 'Xeneizes' não participaram da Libertadores, mas conquistaram o campeonato nacional, enquanto os 'Millonarios', derrubados nas semifinais da competição continental pelo 'Granate', ficou com a Copa da Argentina.

O Peñarol dominou no Uruguai, vencendo tanto o Apertura quanto o Clausura, o que lhe garantiu o título nacional sem necessidade de final. No Paraguai, o Libertad foi o campeão do primeiro semestre, e o Cerro Porteño, do segundo.

O Atlético Nacional encerrou a era vitoriosa comandado pelo técnico Reinaldo Rueda, que depois foi para o Flamengo, dando a volta olímpica no Apertura colombiano. O Finalización teve como campeão o Millonarios, que quebrou um jejum de cinco anos.

Vice do Clausura chileno no primeiro semestre, perdendo para o Universidad do Chile, o Colo-Colo deu a volta por cima na segunda parte do ano ao faturar o Transición.

O Emelec obteve seu quarto título equatoriano em cinco anos ao derrotar o surpreendente Delfín na final, enquanto o Monagas deu a volta olímpica na Venezuela pela primeira vez na história. Na Bolívia, onde não há final entre vencedores de turno, o Bolívar ficou com o troféu nos dois semestre, superando o rival The Strongest nas duas decisões.

A MLS, liga de futebol dos Estados Unidos, teve pela primeira vez um campeão do Canadá, o Toronto FC. Entretanto, na Liga dos Campeões da Concacaf, o Pachuca deu sequência ao domínio do México, que já dura desde 2006.

Na final da 'Concachampions', os 'Tozos' superaram o Tigres, que ainda foi vice do Clausura, em que foi batido pelo chivas Guadalajara. No entanto, no segundo semestre, a equipe dirigida pelo brasileiro Ricardo Ferretti deu a volta por cima ao ficar com o Apertura com direito a triunfo sobre o rival Monterrey na decisão. EFE

dr/id