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Real conquista bi inédito na Champions, e United volta à cena continental

29/12/2017 21h17

Douglas Rocha.

Redação Central, 29 dez (EFE).- Liderado por Cristiano Ronaldo, eleito em outubro melhor jogador do mundo pela quinta vez na carreira, o Real Madrid voltou a conquistar o título da Liga dos Campeões em 2017 e se tornou o primeiro time na história da chamada "era moderna" da competição, iniciada em 1992, a obter a taça em duas temporadas seguidas.

Além disso, o ano marcou o ressurgimento em âmbito internacional de outro grande do Velho Continente, o Manchester United, que venceu a Liga Europa e obteve seu primeiro título internacional desde a 'Champions' de 2008.

O Real teve campanha apenas discreta na fase de grupos da Liga e se classificou em segundo lugar, atrás do Borussia Dortmund, mas foi avassalador no mata-mata. Passou fácil por Napoli nas oitavas de final, Atlético de Madrid nas semifinais e Juventus na decisão, com goleada por 4 a 1 em Cardiff, no País de Gales.

O único susto aconteceu nas quartas, em que bateu o Bayern de Munique por 2 a 1 na Alemanha e levou o troco no Santiago Bernabéu. Porém, na prorrogação, marcou três gols e passou de fase.

Esse não foi o único motivo de felicidade para a torcida dos 'Blancos'. Cristiano Ronaldo e companhia faturaram também o Campeonato Espanhol, quebrando um jejum de cinco anos, a Supercopa Europeia, a Supercopa da Espanha e o Mundial de Clubes, em que bateu o Grêmio por 1 a 0 na decisão.

O rival Barcelona teve um ano discreto e conquistou apenas um troféu, o da Copa do Rei. O ponto alto do time catalão em 2017, porém, foi a chamada "remontada" sobre o Paris Saint-Germain nas oitavas da Liga dos Campeões. Depois de terem sido goleados por 4 a 0 na França, os 'Blaugranas' fizeram 6 a 1 no Camp Nou, com direito a show de Neymar, que meses depois se transferiu para o PSG na maior transferência da história, no valor de 222 milhões de euros.

No outro torneio da Uefa, a final foi entre duas equipes tradicionais, envolvendo sete títulos da Liga dos Campeões, quatro do Ajax e três do Manchester United. Os 'Diabos Vermelhos' venceram o jogo disputado na Frieds Arena, em Solna, na Suécia, por 2 a 0.

No Campeonato Inglês, o United foi apenas o sexto colocado, a 24 pontos do campeão, o Chelsea, que se destacou com o esquema de três zagueiros montado pelo técnico Antonio Conte.

Mas nem tudo saiu dentro do esperado para Conte, que entrou em litígio com um dos jogadores mais importantes na conquista da 'Premier League', o atacante Diego Costa. O brasileiro naturalizado espanhol não continuou na equipe e em janeiro retornará ao Atlético de Madrid.

Ainda na Inglaterra, Josep Guardiola atravessou sua primeira temporada sem títulos como técnico. Porém, continuou prestigiado no Manchester City e já encaminhou a conquista do Inglês na campanha 2017/2018, com ampla vantagem para os concorrentes.

Na Itália e na Alemanha, a hegemonia foi mantida. A Juventus obteve o 'scudetto' pela sexta vez seguida e ainda deu a volta olímpica na Coppa, enquanto o Bayern de Munique se sagrou pentacampeão da 'Bundesliga'.

Apesar do penta, o Bayern passou por uma troca no comando. Desprestigiado no elenco e com dificuldades no começo da atual temporada, o técnico Carlo Ancelotti foi demitido. Na reposição, a diretoria tirou da aposentadoria o ídolo Jüpp Heynckes, cujo último trabalho foi à frente justamente do time bávaro, na conquista da tríplice coroa em 2013.

O Benfica também emplacou uma sequência de títulos ao chegar ao tri de Portugal, enquato o Paris Saint-Germain teve sua hegemonia na França quebrada pelo Monaco. A equipe do principado brilhou com um elenco que mesclou atletas experientes, como os portugueses João Moutinho e Bernardo Silva e o atacante Falcao, com promesses do porte do lateral Mendy, do volante Bakayoko e do também atacante Mbappé, agora no PSG. Os brasileiros Jemerson e Fabinho também contribuíram para a conquista.

Mbappé está emprestado ao clube parisiense, mas há uma cláusula de obrigação de compra no ano que vem por 185 milhões de euros, a segunda transferência mais cara da história. O negócio não foi fechado em definitivo já em 2017 por temor do PSG em ter problemas relacionados ao fair play financeiro.

Outras duas negociações fechadas neste ano entraram para o top 10 na lista de mais caras. Para repor a saída de Neymar, o Barcelona pagou 105 milhões de euros ao Borussia Dortmund para contar com o francês Ousmane Dembélé, na agora terceira transferência de maior valor. A sétima é a do belga Romelu Lukaku do Everton para o United, que desembolsou 85 milhões de euros.