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Condenação no Paraguai pode fazer Conmebol mudar sede de país

12/02/2018 19h42

Assunção, 12 fev (EFE).- O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, recebeu nesta segunda-feira o mandatário da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o da federação de futebol do país, Robert Harrison, para discutir a condenação na justiça local da entidade continental em um processo trabalhista.

Recentemente, um tribunal da cidade de Luque, onde está a sede da Conmebol, decidiu que deveriam ser pagos US$ 10 milhões (R$ 32,8 milhões) a Ismael Pintos, que comandava um programa de televisão na Argentina, com notícias e informações sobre a Conmebol.

Para realizar a atração, o jornalista uruguaio, segundo a assessora jurídica da confederação continental, Monserrat Jiménez, recebia um montante (não revelado) para levar a atração ao ar.

Além disso, Pintos alegou que assinou contrato de US$ 40 milhões (R$ 131,2) para a Conmebol, durante a gestão de Nicolás Leoz, e teria negociado receber um quarto do valor, como comissão.

De acordo com Jiménez, o processo foi iniciado no Brasil, baseado na legislação nacional e está todo em português. A assessora jurídica questionou a tradução realizada para espanhol, que teria sido analisada pelo tribunal de Luque.

"Confirmaram todos os termos da ação feita no Brasil. Obviamente, baseada na lei brasileira. O texto está em português, sequer estava traduziado. Então, o juiz ordenou tradução com um tradutor juramentado, mas está mal-feira e altera o sentido do processo", garantiu a representante da Conmebol.

Na reunião com o presidente do Paraguai, os dirigentes mostraram preocupação com o caso, defendendo a necessidade de "segurança jurídica". O presidente da federação paraguaia ainda apontou para a possibilidade de mudanças na entidade continental.

"Isso afeta 100% ao Paraguai. Sabemos que a Conmebol pode deixar o Paraguai, caso isso siga avançando. É por isso, que viemos com estas autoridades, para poder ter essa reunião com o presidente Cartes e expresar nossa preocupação a respeito", garantiu Harrison. EFE

jm/bg

(foto)