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Chinês dono do Milan é investigado por insolvência, diz jornal

Yonghong Li, dono do Milan, à direita - Miguel Medina/AFP
Yonghong Li, dono do Milan, à direita Imagem: Miguel Medina/AFP

19/02/2018 10h23

O dono do Milan, o chinês Yonghong Li, está sendo investigado na China pela insolvência de sua empresa Shenzhen Jie Ande, segundo informação divulgada nesta segunda-feira (19) pelo jornal italiano "Corriere della Sera".

Segundo a publicação, Yonghong Li já estava envolvido neste julgamento por insolvência antes de ser oficializada a aquisição de 99,93% das ações do Milan, então em posse do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.

A mudança de propriedade do Milan aconteceu em 13 de abril de 2017, mas, dois meses antes, Yonghong Li tinha sido sancionado por um tribunal da China por não ter devolvido um empréstimo de 60 milhões de euros concedido em 2015 pelo banco chinês Jiangsu Bank.

Apesar disso, o empresário chinês fechou em abril a aquisição do Milan por 740 milhões de euros, com a ajuda de outro empréstimo, de 300 milhões de euros, recebido do fundo americano Elliott.

Segundo o "Corriere della Sera", a já complicada situação de Yonghong Li se agravou em janeiro deste ano, depois que um banco de Cantão o processou por não ter devolvido o dinheiro de um empréstimo concedido ao empresário em 2015.

Esta acusação, somada à do Jiangsu Bank, pôs em risco a sobrevivência da Shenzhen Jie Ande, caso que será julgado em breve e que pode levar a empresa à falência, apontam as mesmas fontes.

Esta investigação se soma a uma série de especulações sobre a real identidade do novo presidente do Milan. Em novembro de 2017, o próprio Berlusconi saiu em defesa da credibilidade do empresário chinês.

"Para ceder o Milan, a Fininvest (sociedade presidida por Berlusconi) confiou em consultores, estudos jurídicos e bancos de nível internacional. Os investidores chineses sempre respeitaram os acordos firmados", escreveu o ex-presidente do clube na época da transação.