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Com troféu nas mãos, Schwartzman admite: "Não imaginava que seria campeão"

25/02/2018 22h00

Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- Campeão do Rio Open, seu primeiro título de ATP 500 e segundo em todo o circuito, o argentino Diego Schwartzman admitiu depois de ter derrotado o espanhol Fernando Verdasco na final deste domingo que no começo da semana não acreditava que poderia ficar com o troféu.

"Quando vim para cá e vi os jogadores que estariam aqui, não imaginava que seria campeão, ainda mais sem perder sets. Mas a cada partida fui me sentindo cômodo, pude apostar quando os meus adversários jogaram mal e cometeram erros", disse 'Peque' em entrevista coletiva após a conquista

Ao longo da campanha no Jockey Club Brasileiro, sede do torneio, na zona sul do Rio, Schwartzman superou o dinamarquês Casper Ruud, o compatriota Federico Delbonis, o francês Gael Monfils e o chileno Nicolás Jarry até bater Verdasco neste domingo.

"É meu primeiro 500, e espero poder repetir. Estou feliz e só quero pensar em curtir e nada mais. A medida que as partidas foram passando, fui me convencendo de que poderia ser campeão. Joguei para vencê-lo e agora preciso continuar focado porque a temporada na ATP é muito desgastante e quero continuar indo bem", destacou o argentino, que antes havia sido campeão apenas do ATP 250 de Istambul em 2016.

O responsável pela entrega do troféu ao campeão foi Gustavo Kuerten, figura bastante admirada pelos tenistas da atualidade. Schwartzman declarou ter se tratado de um momento especial.

"Foi incrível, nunca imaginei que Guga entraria em uma quadra para me entregar um troféu. É um sonho realizado. Poder ter contato com ele é muito bom, ele leva sempre esse sorriso característico no rosto, é algo típico do Brasil. Tomara que isso volte a acontecer no futuro", afirmou, entre risos.

Em seu discurso ainda dentro de quadra, Schwartzman lembrou de uma tia que está doente na Argentina e se emocionou. O título é muito especial. Na quadra, o dediquei à minha tia porque ela está enferma. É algo bastante grave, foi descoberto recentemente, e o momento é muito difícil. Ela soube há pouco tempo e está lutando. Nossa família é muito unida, estamos sempre juntos. Ela sempre me assiste da Argentina e achei que era um momento apropriado", explicou.

Nesta segunda-feira, 'Peque' chegará ao ponto mais alto do ranking na carreira até agora, a 19ª posição, o que representa sua estreia no top 20. Apesar do crescimento, ele disse que não pretende fazer grandes alterações em suas metas para a temporada.

"Venho indo bem, não tenho motivos para mudar e colocar as expectativas mais no alto porque depois se você não consegue sucesso, acaba sendo pior. Todo mundo quer ganhar, e o que tenho de fazer é continuar trabalhando para chegar lá", argumentou ele, que, no entanto, trocou o Brasil Open, ATP 250 em São Paulo, pelo ATP 500 de Acapulco para a próxima semana.

"Achei que estou evoluindo e, no meu nível atual, quero jogar sempre contra os melhores. Além disso, achei importante para Indian Wells e Miami, aos quais nos outros anos eu cheguei antes de ter jogado muito no saibro", justificou.