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Ivanka Trump finaliza viagem sem reunir-se com delegação norte-coreana

25/02/2018 23h29

Seul, 26 fev (EFE).- Ivanka Trump, filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concluiu nesta segunda-feira (data local) sua viagem à Coreia do Sul, na qual finalmente não teve nenhuma reunião com a delegação norte-coreana que também esteve presente na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang.

Ivanka afirmou que se tratou de uma "fantástica primeira visita" à Coreia do Sul e agradeceu à "cálida hospitalidade" do país asiático, em breves declarações aos meios de comunicação pouco antes de tomar um avião rumo a Washington no aeroporto internacional de Incheon, que serve à capital sul-coreana.

No entanto, a assessora presidencial americana não respondeu ao ser perguntada pela aparente vontade de diálogo com os EUA expressada pela delegação da Coreia do Norte neste final de semana.

A viagem de Ivanka à Coreia do Sul tinha despertado expectativas de um possível encontro entre ela e a representação norte-coreana que também se encontra na Coreia do Sul por ocasião do encerramento dos Jogos Inverno e que está liderada pelo general Kim Yong-chol.

Washington confirmou na última hora do domingo que Ivanka não teve "interação alguma com a delegação norte-coreana".

A porta-voz de Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, assegurou também em comunicado que espera que a oferta de diálogo expressada pela Coreia do Norte represente "os primeiros passos no caminho para a desnuclearização" da península da Coreia.

Durante uma reunião realizada no domingo com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, o general norte-coreano Kim Yong-chol disse que seu país tem "suficiente vontade de dialogar com os Estados Unidos", o que alimenta certa esperança de que ambos retornem à mesa de negociação.

Seul está convencido de que o "degelo olímpico" propiciado pelos Jogos de Inverno entre as duas Coreias, que tecnicamente seguem em guerra, pode servir para que Pyongyang e Washington se sentem para conversar após um 2017 marcado pelos repetidos testes de armas norte-coreanas e as trocas de ameaças.