Brasileira é única mulher sul-americana em PyeongChang: "Esporte me deu asas"
David Ramiro.
Jeongseon (Coreia do Sul), 14 mar (EFE).- Única mulher sul-americana a competir nos Jogos Paralímpicos de PyeongChang, Aline Rocha trocou o atletismo pelo biatlo para se tornar a primeira mulher brasileira a disputar uma edição dos Paralímpicos no gelo.
Nascida em Pinhão, no Paraná, há 27 anos, Aline sofreu uma batida de carro em 2006 que a deixou paraplégica e em cadeira de rodas. O esporte até então não era uma prioridade, mas depois do acidente se tornou o motor de sua vida.
"Passei a ser muito mais ativa durante a reabilitação e agora não vejo minha vida como se houvesse um antes e um depois do acidente, mas em função do esporte. O acidente me tirou o direito de caminhar, mas o esporte me deu asas", declarou a biatleta.
Aline faz parte do seleto grupo de atletas que tem no seu currículo esportivo participação nos Jogos de Verão e nos de Inverno. Em 2016, disputou três provas de atletismo em cadeira de rodas no Rio de Janeiro e foi finalista nos 1.500 metros categoria T54.
No entanto, na cabeça da paranaense já passava a ideia de se dedicar aos esportes de neve e aos poucos começou a treinar com a seleção no Centro de Esqui La Parva, no Chile. Depois, foi para a Europa para continuar evoluindo.
"Soube que alguns corredores em cadeira de rodas utilizavam o esqui cross-country para complementar os seus treinamentos. Então, ao ver que era um desafio, pensei que uma segunda modalidade poderia contribuir muito com a minha condição como atleta", revelou Aline, cujos bons resultados lhe permitiram realizar o sonho de estar na Coreia do Sul.
"O esporte paralímpico no Brasil cresceu muito para o verão, mas para modalidades de inverno ainda somos muito novos. Só por estar aqui já recebemos muitas mensagens de outros atletas que querem testar", comentou a brasileira, bicampeã da meia maratona do Rio de Janeiro e tetracampeã da São Silvestre, em São Paulo.
"Acho que o Brasil terá muitos mais atletas nos próximos Jogos de Inverno, em Pequim", considerou a atleta de 27 anos, que está na Coreia do Sul com dois compatriotas, o esquiador Cristian Ribera e o snowboarder André Cintra.
Os Jogos de PyeongChang já começaram de forma especial para Aline, que foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. "Foi uma grande honra. Estou muito emocionada e muito feliz durante todos estes dias. Nós, as mulheres, mostramos as nossas forças no esporte, e espero que a minha participação aqui contribua para que outras possam seguir o mesmo caminho", afirmou.
Junto ao treinador e marido, Fernando Orso, Aline desfruta da experiência nos Jogos de Inverno, em que obteve o 15º lugar nos 12 quilômetros do biatlo. No 1,1 km sprint, terminou nesta quarta-feira na 22ª posição na fase de classificação, e ainda participará dos 5 km no próximo sábado.
Em seu perfil no site dos Jogos Paralímpicos, a paranaense menciona Ayrton Senna como o seu herói e recolhe uma frase que a define: "Não olho para a minha vida em termos de antes e depois do acidente, mas sim de antes e depois do esporte".
Jeongseon (Coreia do Sul), 14 mar (EFE).- Única mulher sul-americana a competir nos Jogos Paralímpicos de PyeongChang, Aline Rocha trocou o atletismo pelo biatlo para se tornar a primeira mulher brasileira a disputar uma edição dos Paralímpicos no gelo.
Nascida em Pinhão, no Paraná, há 27 anos, Aline sofreu uma batida de carro em 2006 que a deixou paraplégica e em cadeira de rodas. O esporte até então não era uma prioridade, mas depois do acidente se tornou o motor de sua vida.
"Passei a ser muito mais ativa durante a reabilitação e agora não vejo minha vida como se houvesse um antes e um depois do acidente, mas em função do esporte. O acidente me tirou o direito de caminhar, mas o esporte me deu asas", declarou a biatleta.
Aline faz parte do seleto grupo de atletas que tem no seu currículo esportivo participação nos Jogos de Verão e nos de Inverno. Em 2016, disputou três provas de atletismo em cadeira de rodas no Rio de Janeiro e foi finalista nos 1.500 metros categoria T54.
No entanto, na cabeça da paranaense já passava a ideia de se dedicar aos esportes de neve e aos poucos começou a treinar com a seleção no Centro de Esqui La Parva, no Chile. Depois, foi para a Europa para continuar evoluindo.
"Soube que alguns corredores em cadeira de rodas utilizavam o esqui cross-country para complementar os seus treinamentos. Então, ao ver que era um desafio, pensei que uma segunda modalidade poderia contribuir muito com a minha condição como atleta", revelou Aline, cujos bons resultados lhe permitiram realizar o sonho de estar na Coreia do Sul.
"O esporte paralímpico no Brasil cresceu muito para o verão, mas para modalidades de inverno ainda somos muito novos. Só por estar aqui já recebemos muitas mensagens de outros atletas que querem testar", comentou a brasileira, bicampeã da meia maratona do Rio de Janeiro e tetracampeã da São Silvestre, em São Paulo.
"Acho que o Brasil terá muitos mais atletas nos próximos Jogos de Inverno, em Pequim", considerou a atleta de 27 anos, que está na Coreia do Sul com dois compatriotas, o esquiador Cristian Ribera e o snowboarder André Cintra.
Os Jogos de PyeongChang já começaram de forma especial para Aline, que foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. "Foi uma grande honra. Estou muito emocionada e muito feliz durante todos estes dias. Nós, as mulheres, mostramos as nossas forças no esporte, e espero que a minha participação aqui contribua para que outras possam seguir o mesmo caminho", afirmou.
Junto ao treinador e marido, Fernando Orso, Aline desfruta da experiência nos Jogos de Inverno, em que obteve o 15º lugar nos 12 quilômetros do biatlo. No 1,1 km sprint, terminou nesta quarta-feira na 22ª posição na fase de classificação, e ainda participará dos 5 km no próximo sábado.
Em seu perfil no site dos Jogos Paralímpicos, a paranaense menciona Ayrton Senna como o seu herói e recolhe uma frase que a define: "Não olho para a minha vida em termos de antes e depois do acidente, mas sim de antes e depois do esporte".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.