Topo

Halo, menos motores e maior gama de pneus são novidades do regulamento da F-1

22/03/2018 17h16

Redação Central, 22 mar (EFE).- O Mundial de Fórmula 1 que começará neste fim de semana terá uma série de novidades nos regulamentos técnico e esportivo, entre as quais se destacam a implementação do halo, a redução de quatro a três motores por piloto na temporada e o aumento para sete da gama de pneus, com a inclusão dos compostos hipermacio e superduro.

A principal mudança no aspecto dos carros será o halo, o dispositivo de proteção do cockpit formado por três barras de titânio e projetado para aumentar a segurança do piloto em caso de acidente e, em particular, para desviar da cabeça os possíveis objetos soltos na pista.

Embora a novidade seja obrigatória, com o seu design definido pelas regras, há certa margem para que as equipes modifiquem a sua superfície.

Para compensar a introdução do halo, o peso mínimo total dos carros aumenta em 6 quilos, até 734. Estima-se, entretanto, que o impacto real do dispositivo poderia ser de até 14 quilos, o que deixará as equipes com menos margem e obrigará os pilotos a perderem peso.

No aspecto aerodinâmico dos bólidos, em 2018 estão proibidos dois elementos: a barbatana de tubarão, que se situava sobre a capa do motor e que melhorava a estabilidade da parte traseira, e o T-Wings, que fornecia um melhor fluxo de ar para a parte traseira e um pouco de potência.

Quanto às suspensões, está proibido o sistema testado no ano passado por equipes como Red Bull e Ferrari, que com alguns ajustes variavam a altura do carro em função do ângulo de direção.

Além disso, o consumo de óleo será especialmente vigiado a partir desta temporada. Só poderá ser queimado 0,6 litro a cada 100 quilômetros. Cada equipe disporá apenas de um tipo de lubrificante e deverá fornecer amostras à FIA para poder medir o consumo em cada uma das sessões.

Em uma tentativa por fazer com que as unidades de potência da Fórmula 1 sejam até mais confiáveis e permitam reduzir ainda mais os custos, neste ano cada piloto terá apenas três motores para as 21 corridas. Em 2017, eram quatro para 20 provas.

O fato de dispor de um motor a menos por piloto poderia significar mais penalizações em 2018. No entanto, haverá menos confusão para o público sobre a forma como essas penalizações afetam o grid de largada.

No sistema anterior, os pilotos que trocavam vários elementos da unidade de potência poderiam acumular várias perdas de posições, frequentemente acima do número de carros participantes. Agora, qualquer competidor que obtiver uma penalização de 15 ou mais lugares terá que largar da parte posterior do grid. Se mais de um for penalizado dessa maneira, todos partirão de trás e se colocarão na ordem em que alteraram os elementos.

Da mesma forma que em 2017, o fornecedor oficial de pneus da F-1, a Pirelli, disponibilizará três compostos para Pista secada por corrida. No entanto, em 2018, esses três serão selecionados dentro de uma gama maior, com o hipermacio, com uma faixa rosa, e o superduro, de marca alaranjada.

Isso significa que no total serão sete, em vez dos cinco anteriores, os compostos de pneus lisos (slick), todos eles mais macios que em 2017, o que os torna os pneus mais rápidos da história da Fórmula 1 - estima-se que 1s por volta.

Os pneus para 2018 são: hipermarcio (rosa), ultramacio (púrpura), supermacio (vermelho), macio (amarelo), médio (branco), duro (azul) e superduro (laranja). O novo hipermacio não será usado antes do GP do Canadá, enquanto o superduro será um composto de reserva com poucas chances de uso.