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Supervisor da Fifa recomenda expulsão da Grécia de torneios internacionais

29/03/2018 08h56

Atenas, 29 mar (EFE).- O presidente do comitê da Fifa para supervisionar a Federação Grega de Futebol (EPO, sigla em grego), Herbert Huebel, recomendou a expulsão dos clubes do país e de suas seleções nacionais das competições internacionais.

"A situação atual não permite que a EPO garanta o bom funcionamento das competições nacionais", explicou Huebel em seu relatório à Fifa, que foi divulgado nesta quinta-feira pela imprensa do país.

Por enquanto, o temido "Grexit" - a expulsão dos clubes e seleções da Grécia das competições internacionais - não é mais que uma possibilidade, pois a decisão do Comitê da Fifa só deve acontecer em maio ou junho e, até lá, a Grécia terá oportunidade de resolver as questões que não convenceram o supervisor austríaco.

Essa pequena possibilidade de evitar o "Grexit" mostra que o relatório de Huebel busca pressionar a federação grega antes de puni-la definitivamente.

A situação a que o relatório se refere fala de "repetidos incidentes de violência nos estádios", da lentidão na hora de resolver conflitos, de comunicar e iniciar as decisões tomadas, assim como a não implementação efetiva das recomendações que o comitê emitiu em fevereiro.

Huebel destacou em seu relatório a violência no incidente ocorrido em 11 de março quando o presidente do PAOK Salônica, Ivan Savvidis, invadiu o campo com uma pistola para protestar contra a anulação de um gol.

"É a segunda vez nos últimos dois anos que o campeonato nacional fica suspenso por razões relacionadas com a violência", explicou Huebel.

Após esse episódio, a direção do Campeonato Grego decidiu descontar três pontos do PAOK na classificação atual e impor a Savvidis a proibição de entrar a um estádio durante três anos, além do pagamento de uma multa de 100 mil euros.

O possível banimento de clubes e seleções afetaria profundamente o futebol grego, já que nenhuma equipe, sem importar idade, sexo e o campeonato que disputam, poderia participar de competições internacionais, sequer na Liga dos Campeões da Uefa e na Liga Europa, o que poderia levar a um êxodo de jogadores para outros países.