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River Plate vai colaborar com justiça em caso de suposto abuso de jogadores

03/04/2018 16h24

Buenos Aires, 3 abr (EFE).- A direção do River Plate divulgou nesta terça-feira, por meio de comunicado, que ajudará a justiça na investigação sobre a denúncia de crimes sexuais contra três jogadores das divisões de base do clube, cometidos entre 2004 e 2011.

O caso veio a tona ontem, a partir de informação encaminhada as autoridades por una organização não-governamental de ajuda à vítimas de abusos sexuais, que funciona na Argentina.

"O River Plate comunica que oferecerá total colaboração para a reconstituição dos fatos ocorridos entre os anos de 2004 e 2011, referentes a tal denúncia", diz o texto divulgado pelo clube.

Ainda segundo a nota, representantes dos 'Millonarios' se reunirão com membros do Ministério Público nos próximos dias, para conhecer todos os detalhes do caso e prestar esclarecimentos.

Ontem, hoje, foram encaminhados à justiça os detalhes envolvendo jovens atletas do River, que partiram do relato de um psicóloga, que soube dos três meninos violentados. Todos moravam nos alojamentos do clube de Buenos Aires.

Uma pessoa, estava três vezes por semana na sede do clube e abusava dos meninos, segundo confirmou o advogado Andrés Bonicalzi, que representa a organização de apoio à vítimas de estupro, em entrevista à "Radio Província".

A profissional da área médica ainda apontou que, além de violentar os garotos, o indivíduo ainda "fazia a ponte" entre eles e terceiros, que também cometiam os crimes sexuais contra eles.

Hoje, María Elena Leuzzi, presidente da ONG que apresentou a denúncia, revelou à agência de notícias "Télam", que recebeu ameaças de morte. Além disso, ela disse ter recebido policiais em sua casa, que chegaram até por uma falsa comunicação de emergência, em que diziam que a ativista estava morta.

"Estou trancada em casa, porque não tenho garantias para sair", contou Leuzzi.

O novo escândalo acontece poucos dias após a revelação de caso semelhante no Independiente, que resultou em cinco prisões, inclusive de um empresário de jogadores, um advogado, um árbitro de futebol, entre outros.

No caso do 'Rojo', o próprio clube do bairro de Avellaneda informou que tinha apresentado uma denúncia após descobrir que um jogador das categorias de base era parte de uma rede de prostituição e "recrutava" outros jovens.