Cancelamento de amistoso contra Argentina decepciona israelenses
Jerusalém, 5 jun (EFE).- A decepção se disseminou em Israel nesta terça-feira após a notícia sobre o cancelamento do amistoso contra a Argentina previsto para o sábado em Jerusalém, cujos ingressos se esgotaram em apenas 20 minutos, o que inclusive causou polêmica a respeito das vendas.
Diversos jornais e analistas israelenses consideraram o cancelamento um triunfo para o movimento BDS (que promove o Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel até que termine a ocupação) e informaram que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ligou para o presidente argentino, Mauricio Macri, de modo a debater o assunto.
"Netanyahu falou há pouco com o presidente da Argentina sobre a partida. Os dois voltarão a se falar de novo em breve", anunciou o analista diplomático do "Canal 10" Barak Ravid.
O presidente da Federação Israelense de Futebol, Ofer Eini, afirmou ao jornal "Maariv" que "entende a pressão que a seleção argentina sofreu", mas lamentou a situação e disse que "informará sobre a resposta".
O diretor-geral do Ministério de Esportes israelense, Yossi Sharabi, pediu calma e afirmou que ainda se negocia se há ou não o cancelamento.
Simpatizantes com a campanha do BDS e pró-palestinos, consideraram a decisão um "golaço" e expressaram satisfação inundando as redes sociais com agradecimentos à Argentina, como tinham feito nos dias anteriores com ataques à seleção pela decisão de jogar em Jerusalém.
A partida tinha despertado grande expectativa em Israel, onde os ingressos se esgotaram rapidamente. Embora o estádio tenha capacidade para mais de 31 mil pessoas, só um terço delas foi colocado à venda.
Shelly Yachimovich, deputada da oposição, questionou o governo sobre se a ministra de Cultura e Esportes, Miri Regev, tinha condicionado as subvenções ao partido a tirar uma foto apertando a mão de Lionel Messi no campo e a Controladoria do Estado abriu uma investigação sobre a distribuição de ingressos, segundo o portal "Times of Israel".
Segundo explicou um representante da Comtec, a empresa que organizava o evento, 7.700 ingressos foram reservados pela Federação Israelense (1.200 gratuitamente), outros 2.000 foram destinados a residentes da periferia de Israel e outros 500 para residentes na fronteira com Gaza.
Uma empresa de moda comprou outras 2.000 entradas para distribuir entre crianças e jovens da periferia e ONGs, outras 7.000 foram reservadas para as oito empresas patrocinadoras e o Ministério de Esportes reservou 200, o que deixou apenas 11 mil para a venda.
A diretora internacional da Federação Palestina de Futebol, Susan Shalabi, agradeceu à seleção argentina pela decisão e disse à Agência Efe que "a equipe argentina tem muito mérito por ter decidido não se transformar em uma ferramenta política", o que avaliou como "um bom exemplo de separação de política e esporte e de como não permitir que os políticos imponham a sua agenda".
Diversos jornais e analistas israelenses consideraram o cancelamento um triunfo para o movimento BDS (que promove o Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel até que termine a ocupação) e informaram que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ligou para o presidente argentino, Mauricio Macri, de modo a debater o assunto.
"Netanyahu falou há pouco com o presidente da Argentina sobre a partida. Os dois voltarão a se falar de novo em breve", anunciou o analista diplomático do "Canal 10" Barak Ravid.
O presidente da Federação Israelense de Futebol, Ofer Eini, afirmou ao jornal "Maariv" que "entende a pressão que a seleção argentina sofreu", mas lamentou a situação e disse que "informará sobre a resposta".
O diretor-geral do Ministério de Esportes israelense, Yossi Sharabi, pediu calma e afirmou que ainda se negocia se há ou não o cancelamento.
Simpatizantes com a campanha do BDS e pró-palestinos, consideraram a decisão um "golaço" e expressaram satisfação inundando as redes sociais com agradecimentos à Argentina, como tinham feito nos dias anteriores com ataques à seleção pela decisão de jogar em Jerusalém.
A partida tinha despertado grande expectativa em Israel, onde os ingressos se esgotaram rapidamente. Embora o estádio tenha capacidade para mais de 31 mil pessoas, só um terço delas foi colocado à venda.
Shelly Yachimovich, deputada da oposição, questionou o governo sobre se a ministra de Cultura e Esportes, Miri Regev, tinha condicionado as subvenções ao partido a tirar uma foto apertando a mão de Lionel Messi no campo e a Controladoria do Estado abriu uma investigação sobre a distribuição de ingressos, segundo o portal "Times of Israel".
Segundo explicou um representante da Comtec, a empresa que organizava o evento, 7.700 ingressos foram reservados pela Federação Israelense (1.200 gratuitamente), outros 2.000 foram destinados a residentes da periferia de Israel e outros 500 para residentes na fronteira com Gaza.
Uma empresa de moda comprou outras 2.000 entradas para distribuir entre crianças e jovens da periferia e ONGs, outras 7.000 foram reservadas para as oito empresas patrocinadoras e o Ministério de Esportes reservou 200, o que deixou apenas 11 mil para a venda.
A diretora internacional da Federação Palestina de Futebol, Susan Shalabi, agradeceu à seleção argentina pela decisão e disse à Agência Efe que "a equipe argentina tem muito mérito por ter decidido não se transformar em uma ferramenta política", o que avaliou como "um bom exemplo de separação de política e esporte e de como não permitir que os políticos imponham a sua agenda".
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