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Apresentação das seleções do grupo C

07/06/2018 17h09

Redação Central, 7 jun (EFE).- Apresentação das seleções do grupo C:.



FRANÇA.

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Em busca de um título para confirmar grandes expectativas.

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Considerada uma das melhores seleções dos últimos anos, a França entra na Copa do Mundo buscando um título que confirme esse protagonismo e repita o feito de 20 anos atrás.

Sob comando de Didier Deschamps, os 'Bleus' deixaram para trás as nuvens do passado e as quartas de final na Copa de 2014, chegaram à Rússia referendados pelo vice-campeonato da Eurocopa há dois anos. O objetivo é fazer o país voltar a levantar um troféu após 18 anos, depois do título continental de 2000, que pôs fim ao ciclo virtuoso estrelado por Zinedine Zidane.

Agora liderados por Antoine Griezmann e com uma grande geração de jogadores, a França entra com confiança no Mundial. A performance na fase de classificação foi menos brilhante do que se esperava, o que serviu para amenizar a euforia em torno do time, mas é fato que os franceses estão entre os favoritos para conquistar o título.

- Participação em Copa: 14 (1930, 1934, 1938, 1954, 1958,

1966, 1978, 1982, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014).

- Melhor participação: Campeão em 1998.

- Técnico: Didier Deschamps (Bayona, 15-10-1968). Volante que jogou por Nantes, Olympique de Marselha (onde foi campeão europeu em 1993), Bordeaux, Juventus, Chelsea e Valencia, pelo qual se aposentou em 2001, Deschamps levou o Monaco à final da Liga dos Campeões no primeiro ano como treinador.

Em 2006, assumiu a Juve, clube pelo qual foi mais vitorioso como jogador (campeão europeu de 1996 e nacional três vezes), levando o gigante italiano de volta à primeira divisão após o rebaixamento causado por escândalos de corrupção.

Apesar disso, deixou o clube e só voltou ao banco de reservas com o Olympique de Marselha, em 2009, para dar o primeiro título nacional da equipe em 17 anos.

Com 103 partidas na seleção, foi o capitão dos anos mais gloriosos, sendo campeão mundial em 1998 e europeu em 2000.

- Destaque: Antoine Griezmann (Atlético de Madrid) (Macon, 21-03-1991). Foram necessários quatro anos para se tornar o principal astro do ataque francês, mesmo com a grande quantidade de bons atacantes. Formado nas categorias de base da Real Sociedad, deu um salto de qualidade quando foi contratado pelo Atlético de Madrid, em 2014, com quem disputou a final da Liga de Campeões de 2016. Também chegou à final da Eurocopa no mesmo ano, sendo artilheiro da competição.

- Time base (4-3-3): Lloris; Sidibé, Umtiti, Varane e Mendy; Pogba, Kanté e Matuidi; Mbappé, Griezmann e Giroud.



AUSTRÁLIA.

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'Socceroos' recorrem à experiência de técnico holandês.

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A Austrália chega participará de uma Copas do Mundo pela quinta vez - e a quarta consecutiva -, desta vez sob a batuta do experiente técnico holandês Bert van Marjwik e com a missão de melhorar as campanhas anteriores.

A federação australiana foi atrás de um comandante com histórico em Mundiais, após Ange Postecoglou deixar o cargo com a classificação para a Rússia já garantida, apesar do sufoco da repescagem. A solução foi Van Marwijk, que deixou a Arábia Saudita após também colocar os árabes na Copa, mas entrar em divergência com dirigentes.

Mesmo sendo ídolo local, o veterano Tim Cahill não ostenta mais o status de titular absoluto e divide o protagonismo do time da Oceania com Matt Ryan, Aaron Mooy, Tommy Togic, Mathew Leckie, Mile Jedinak e Mark Milligan.

- Participação em Copas: 4 (1974, 2006, 2010, 2014).

- Melhor participação: Oitavas de final, em 2006.

- Técnico: Bert van Marwijk (Deventer, Holanda, 19-05-1952). Foi jogador de clubes modestos como Go Ahead Eagles, AZ Alkmaar, MVV Maastricht, Fortuna Sittard e FC Assent, mas mesmo assim conseguiu chegar à seleção.

Como treinador, começou a fazer nome no Fortuna Sittard, passando por Feyenoord, onde foi campeão da Copa da Uefa, e Borussia Dortmund. Chegou ao comando da Holanda em 2008, foi à Copa do Mundo de 2010, quando chegou à final contra a Espanha. Deixou o cargo após a eliminação na fase de grupos da Eurocopa de 2012. Classificou a Arábia Saudita ao Mundial da Rússia, mas deixou o cargo por divergências com dirigentes, assumindo logo na sequência o comando dos 'socceroos'.

- Destaque: Tim Cahill (Millwall/ING) (Sydney, 06-12-1979). Filho de mãe samoana e pai inglês, é o eterno capitão australiano. Apesar da idade, é o embaixador informal da seleção. Entrará para o seleto grupo de jogadores que disputaram quatro Copas do Mundo. Foi o herói da classificação para a repescagem contra Honduras, ao marcar o gol da vitória na partida de volta contra a Síria, na prorrogação.

- Time base (4-2-3-1): Ryan; Risdon, Milligan, Degenek e Behich; Jedinak, Mooy, Kruse, Rogic e Leckie; Cahill.



PERU.

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Retorno às origens e com Guerrero.

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A última equipe a garantir classificação para a Copa do Mundo, o Peru encerrou um jejum de trinta e seis anos sem chegar à fase principal do torneio. O objetivo é conseguir passar para as oitavas de final, aproveitando a qualidade de seus jogadores.

O melhor jogador desta equipe é o veterano atacante Paolo Guerrero, do Flamengo, que foi pivô da maior novela deste período pré-Mundial. O jogador foi suspenso por doping ainda nas Eliminitórias e teve a pena aumentada para 14 meses em decisão final da Corte Arbitral do Esporte (CAS). Só que uma apelação no Tribunal Federal Suíço acabou liberando a presença do atacante na Copa dias antes da divulgação da convocação definitiva do Peru.

A seleção sul-americana chega a seu quarto Mundial tendo como participação mais brilhante a presença nas quartas de final em 1970, no México, quando foi eliminada pelo Brasil.

A contratação do treinador Ricardo Gareca, em 2015, foi determinante para a retomada do melhor desempenho peruano, recorrendo a jogadores novos. A experiência de Jefferson Farfán e Guerrero completam o equilíbrio da equipe.

- Participação em Copas: 3 (1970, 1978, 1982).

- Melhor participação: Quartas de final, em 1970.

- Técnico: Ricardo Gareca (Tapiales, Argentina, 10-02-1958). Foi atacante de Boca Juniors, River Plate, Vélez Sarsfield e Independiente. Encerrou a carreira na Colômbia, pelo América de Cali. Marcou seis gols em 20 partidas pela seleção argentina.

Como técnico, tem uma ampla experiência pela América do Sul, dirigindo equipes como Talleres, Independiente, Quilmes, Argentinos Juniors, os colombianos América da Cali e Independiente Santa Fe e o peruano Universitário. Deixou o Palmeiras após poucos meses de trabalho e acabou assumindo o Peru em 2015, recolocando a seleção em uma Copa após mais de três décadas.

- Destaque: Paolo Guerrero (Lima, 01-01-1984). Destacou-se tanto nas categorias de base do Alianza Lima que foi para o Bayern de Munique ainda antes de se tornar profissional. Mesmo tendo uma boa passagem na Alemanha jogando pelos bávaros e pelo Hamburgo, sofreu com o medo de viajar de avião. Guerrero é sobrinho do goleiro José Gonzales Ganoza, que morreu junto com toda a delegação do Alianza Lima em um desastre aéreo em 1987.

Guerrero chegou ao Corinthians em 2012 e marcou o gol do título do Mundial de Clubes, sobre o Chelsea. Saiu do clube paulista em 2015, rumo ao Flamengo, onde foi mais irregular.

O atacante é o maior artilheiro da história da seleção peruana, mas quase perdeu a oportunidade de disputar a Copa pela primeira vez ao ser pego em um exame antidoping no final do ano passado. Após decisões favoráveis e adversas, finalmente conseguiu liberação para disputar o Mundial a poucas semanas do início do torneio.

- Time base (4-4-1-1): Gallese; Advíncula, Santamaría, Ramos e Trauco; Carrillo, Yotún, Tapia, Flores e Cueva; Guerrero.



DINAMARCA.

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Com novas engrenagens, Dinamarca tenta voltar a ser "máquina".

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A Dinamarca saiu das sombras nas quais estava mergulhada nos últimos anos. A equipe vai para a Copa sob comando do veterano técnico norueguês Age Hareide e uma equipe formada por jogadores com certo destaque em suas ligas.

Hareide recuperou a equipe que ficou de fora da Eurocopa e, com Christian Eriksen como capitão e referência, conseguiu superar a Irlanda na repescagem para garantir a quinta participação do país em Copas do Mundo.

Tirando Eriksen, quase não existem jogadores de outras gerações, e a nova aparece como esperança para o futebol local. O time tem equilíbrio e armas suficientes para preocupar qualquer adversário.

- Participações em Copas: 4 (1986, 1998, 2002, 2010).

- Melhor resultado: Quartas de final, em 1998.

- Técnico: Age Fridtjof Hareide (Hareid, 23-09-1953). Defensor que atuou no futebol norueguês, com bom destaque na seleção escandinava. Jogou também nos ingleses Manchester City e Norwich. A trajetória como treinador já dura mais de duas décadas, comandando times na Noruega, Suécia e Dinamarca, além de dirigir a seleção do seu país por cinco anos, entre 2003 e 2008.

Assumiu a seleção dinamarquesa em 2016, após o fracasso de Morten Olsen, que ficou de fora da Eurocopa, e conseguiu a vaga para a Copa do Mundo após ficar em segundo lugar no grupo E, atrás da Polônia, e superar a Irlanda, na repescagem.

- Destaque: Christian Eriksen (Tottenham/ING) (Middelfart, 14-02-1992). Meia ofensivo que marca muitos gols, tanto de chutes de longe quanto chegando à área. Destaca-se também pelo grande vigor físico.

Eriksen se profissionalizou no Ajax, da Holanda, onde se destacou por quatro anos até se transferir para o Tottenham e virar uma das referências do time inglês. Representa seu país por mais de uma década, levando em conta as divisões de base.

- Time base (4-2-3-1): Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Christensen e Larsen; Delaney, Kvist, Sisto, Eriksen e Yussuf Poulsen; Jorgensen.