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Ótima geração belga deslancha no 2º tempo e vence Panamá em estreia na Copa

18/06/2018 14h00

Sochi, 18 jun (EFE).- Apontada por muitos como uma das favoritas ao título da Copa do Mundo, a Bélgica fez uma atuação convincente - embora sem brilho - nesta segunda-feira no Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi, e depois de passar o primeiro tempo em branco, venceu o Panamá por 3 a 0 na estreia das duas seleções pelo grupo G do torneio.

O time conhecido por ter uma das melhores gerações da história do futebol belga começou pressionando o adversário, que faz sua primeira participação em Mundiais, mas teve dificuldades para romper o ferrolho montado pelos panamenhos na etapa inicial.

Os gols só vieram no segundo tempo. No primeiro lance de risco, Mertens acertou um sem pulo no ângulo de Penedo. Aos 23 minutos, De Bruyne, tímido como o time até então, tabelou com Hazard e cruzou para Lukaku, que ampliou de cabeça. O próprio artilheiro fez o terceiro dos 'Diabos Vermelhos' aos 29, em rápido contra-ataque iniciado por De Bruyne e puxado por Hazard.

Com o triunfo, a Bélgica assumiu a liderança provisória da chave, com três pontos, e o Panamá ocupou a lanterna. Inglaterra e Tunísia, que completam o grupo, se enfrentarão ainda hoje (às 15h de Brasília) na Volgogrado Arena.

Pela segunda rodada, os belgas voltarão a campo no sábado, contra os tunisianos (às 9h de Brasília), em Moscou. No dia seguinte, no mesmo horário, os panamenhos vão encarar os ingleses em Nizhny Novgorod.

Para a estreia na Copa do Mundo, o técnico espanhol Roberto Martínez teve dois desfalques, ambos no setor defensivo: os zagueiros Vicent Kompany e Thomas Vermaelen. No Panamá, Hernán Darío Gómez, que volta ao Mundial de ter comandado a Colômbia, em 1998, e o Equador, em 2002, preferiu deixar o veterano zagueiro Baloy, de 37 anos, no banco. O jogador tem passagens por Grêmio e Atlético-PR.

Além disso, há dez dias, Gómez perdeu o meia Alberto Quintero, que fraturou o pé direito na derrota para a Noruega, por 1 a 0, em amistoso de preparação para o torneio disputado em Oslo.

Os dois times começaram com posturas bastante definidas. Com dois alas avançados e três atacantes, a Bélgica entrou em campo decidida a atacar o adversário, que adotava uma postura totalmente defensiva, com um esquema com quatro zagueiros e cinco meio-campos. Apenas Blas Pérez, principal nome do time, ficava no setor ofensivo.

Apesar do bloqueio defensivo, os belgas imprimiram um forte ritmo desde o apito inicial, colocando Penedo para trabalhar. O primeiro lance ocorreu aos 5 minutos. Meunier arrancou pela direita e inverteu o jogo. Carrasco bateu de chapa, mas o goleiro defendeu.

Três minutos mais tarde, aos 8, Mertens recebeu de Hazard e chutou no ângulo, meio sem jeito. Penedo colocou para escanteio.

Nas poucas oportunidades que tinha com a bola nos pés, o Panamá ainda errava passes. E quase se complicou aos 11 minutos. Torres ficou com a bola depois de lançamento errado de Mertens e fez o recuo para Penedo. Esperto no passe telegrafado, o meia do Chelsea chegou antes do goleiro e bateu ao lado do gol.

Aos 19 minutos, Escobar tentou afastar e foi desarmado por Mertens, que cruzou na medida, rasteiro, para Lukaku. Com o goleiro já batido no lance, o artilheiro estava pronto para concluir para a meta vazia, mas Román Torres se antecipou e impediu o gol.

O ritmo forte dos primeiros 20 minutos diminuiu com a passagem do tempo. Os 'Diabos Vermelhos' seguiam controlando o jogo, mas trocavam mais passes na intermediária, em busca da melhor jogada. O Panamá praticamente abdicava do jogo. A esperança era encaixar um único e certeiro contra-ataque para surpreender, chance que também não vinha devido à dificuldade da equipe com a bola no pé.

Hazard era o único que seguia incomodando a zaga panamenha. Aos 37 minutos, o capitão belga avançou pela direita, invadiu a área e chutou no canto. Penedo, bem posicionado, espalmou para o lado.

Artilheiro do time, Lukaku foi travado mais uma vez aos 39. Mertens enfiou para o atacante, nas costas da zaga. Penedo saiu bem do gol e chegou antes na bola para impedir a finalização.

O gol veio no primeiro lance do segundo tempo. Aos 2 minutos, Mertens tentou cruzar para Lukaku. A zaga afastou, e a bola voltou para o próprio meia belga, que bateu de primeira, sem deixar cair, no ângulo de Penedo, que até pulou, mas nada pôde fazer.

Após o gol, o Panamá começou a se expor mais e criou a única chance no jogo aos 9 minutos. Murillo apareceu nas costas de Vertoghen e recebeu lançamento na cara do Cortouis, que foi rápido ao perceber a jogada e abafou a batida do adversário.

Três minutos mais tarde, Bárcenas recebeu na entrada da área no meio de dois zagueiros, conseguiu abrir espaço para a finalização, mas bateu ao lado do gol. Cortouis só olhou.

Sumido no jogo até então, De Bruyne surgiu aos 23 minutos e foi decisivo. Depois de tabela com Hazard, o meia do City cruzou de três dedos para a área e encontrou Lukaku, que se antecipou ao zagueiro e tocou de cabeça para marcar o segundo da Bélgica no jogo.

A porteira, enfim, abriu. O Panamá se expôs e, em contra-ataque mortal, os 'Diabos Vermelhos' fizeram o terceiro aos 29 minutos. De Bruyne recuperou a bola na defesa, tocou para Hazard, que lançou Lukaku nas da defesa. O artilheiro recebeu livre e só teve o trabalho de tocar por cima de Penedo para ampliar o marcador.

Com a vantagem mais do que tranquila e satisfeitos com o resultado, os belgas diminuíram a intensidade do jogo. Os panamenhos até tentaram chegar ao gol do adversário no fim, sem muito sucesso.

A melhor chance ocorreu aos 41 minutos, quando Díaz saiu na cara de Courtois, que desarmou o atacante na hora da finalização. A arbitragem, de forma equivocada, anulou o lance por impedimento.



Ficha Técnica:.

Bélgica: Courtois; Boyata, Alderweireld e Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel (Chadli) e Carrasco (Dembélé); Mertens (Thorgan Hazard), Hazard e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.

Panamá: Penedo; Murillo, Román Torres, Escobar e Davis; Bárcenas (Gabriel Torres), Cooper, Gomez, Godoy, José Rodríguez (Díaz) e Blas Pérez (Tejada). Técnico: Hernán Darío Gómez.

Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia), auxiliado por Jerson dos Santos (Angola) e Zakhele Siwela (África do Sul).

Cartões amarelos: Meunier, Vertonghen e De Bruyne (Bélgica); Davis, Barcenas, Murillo, Godoy e Cooper. (Panamá).

Gols: Mertens e Lukaku (2) (Bélgica).

Estádio Olímpico Fisht, em Sochi.