CAS admite recurso de Semenya contra regra da IAAF sobre testosterona
Redação Central, 19 jun (EFE).- A Corte Arbitral do Esporte (CAS) acolheu o recurso apresentado pela sul-africana Caster Semenya, campeã olímpica dos 800 metros, contra as mudanças feitas pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) sobre os níveis de testosterona permitido nos corpos das mulheres, o que a obrigaria a usar medicamentos ou a competir entre os homens.
Semenya tenta evitar a alteração das regras, que entra em vigor no dia 1º de novembro, quando acaba a atual temporada do atletismo.
Agora, as defesas da atleta e da IAAF apresentarão suas alegações por escrito. A CAS então julgará o recurso da campeã olímpica.
Em comunicado divulgado pelo site sul-africano "Eyewitness News", Semenya disse estar triste por estar nos holofotes outra vez.
"Só quero correr de forma natural, como eu nasci. Não é justo que digam que devo mudar. Não é justo que as pessoas questionem quem eu sou. Sou Mokgadi Caster Semenya, sou uma mulher e sou rápida", destacou a atleta no comunicado.
Semenya argumenta que a nova regra é discriminatória, irracional e injustificável. Para ela, as mudanças, que só afetam as provas de meia distância (800 e 1.500 metros) violam as normas da IAAF, a Carta Olímpica e os direitos humanos.
A IAAF anunciou em abril uma nova regra sobre os níveis de testosterona que obrigaria atletas como Semenya, que possuem um distúrbio conhecido como hiperandrogenismo, a tomar medicações para reduzir a produção natural de testosterona.
O limite de tolerância para os níveis de testosterona era de 10 nanomols por litro de sangue, mas a IAAF decidiu reduzi-los pela metade. Segundo um estudo da federação, uma maior proporção do hormônio aumenta a massa muscular em 4,4%, a força entre 12% e 26%, e as hemoglobinas em até 7,6%.
O caso de Semenya, que tem níveis de testosterona similares aos de um homem, e especialista exatamente nas distâncias afetadas pelas novas regras, é um dos mais conhecidos no esporte.
Semenya tenta evitar a alteração das regras, que entra em vigor no dia 1º de novembro, quando acaba a atual temporada do atletismo.
Agora, as defesas da atleta e da IAAF apresentarão suas alegações por escrito. A CAS então julgará o recurso da campeã olímpica.
Em comunicado divulgado pelo site sul-africano "Eyewitness News", Semenya disse estar triste por estar nos holofotes outra vez.
"Só quero correr de forma natural, como eu nasci. Não é justo que digam que devo mudar. Não é justo que as pessoas questionem quem eu sou. Sou Mokgadi Caster Semenya, sou uma mulher e sou rápida", destacou a atleta no comunicado.
Semenya argumenta que a nova regra é discriminatória, irracional e injustificável. Para ela, as mudanças, que só afetam as provas de meia distância (800 e 1.500 metros) violam as normas da IAAF, a Carta Olímpica e os direitos humanos.
A IAAF anunciou em abril uma nova regra sobre os níveis de testosterona que obrigaria atletas como Semenya, que possuem um distúrbio conhecido como hiperandrogenismo, a tomar medicações para reduzir a produção natural de testosterona.
O limite de tolerância para os níveis de testosterona era de 10 nanomols por litro de sangue, mas a IAAF decidiu reduzi-los pela metade. Segundo um estudo da federação, uma maior proporção do hormônio aumenta a massa muscular em 4,4%, a força entre 12% e 26%, e as hemoglobinas em até 7,6%.
O caso de Semenya, que tem níveis de testosterona similares aos de um homem, e especialista exatamente nas distâncias afetadas pelas novas regras, é um dos mais conhecidos no esporte.
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