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Zagueiro da Costa Rica diz que VAR fez "justiça" ao anular pênalti em Neymar

22/06/2018 15h08

São Petersburgo (Rússia), 22 jun (EFE).- O zagueiro Giancarlo González, da Costa Rica, afirmou nesta sexta-feira que o árbitro holandês Björn Kuipers fez "justiça" ao anular o pênalti inicialmente marcado sobre Neymar após consultar o VAR.

"Até agora não vi o vídeo, mas sinto que Neymar faz um enganche, eu paro, tento ir na bola. Não sei se o toquei ou porque estava no meio da partida, em um nível de concentração muito alto. E Ele apita o pênalti", explicou González, defensor envolvido no lance com Neymar dentro da área, em entrevista à Agência Efe.

Inicialmente, Kuipers marcou a falta, mas, ao revisar o lance com o sistema de árbitro de vídeo, percebeu que o jogador brasileiro, apesar de tocado, se joga para trás no lance e força a queda.

"Obviamente, o mundo caiu em cima de mim quando ouvi o apito, foi uma jogada involuntária. Mas depois a justiça que o VAR fez foi boa para nós", completou o zagueiro.

Depois do pênalti anulado e de muito pressionar, o Brasil conseguiu enfim, nos acréscimos, balançar as redes dos costa-riquenhos. Coutinho abriu o placar aos 46 minutos do segundo tempo e Neymar fechou a vitória cinco minutos depois, aos 51.

O resultado eliminou a Costa Rica, mas González disse ter "orgulho" da grande atuação da seleção contra o Brasil.

"É duro e triste ficar fora de um Mundial. Enfrentamos um grande rival no campo, nos defendemos e lutamos com muita personalidade até o final. É doloroso, mas vou embora com a cabeça erguida, meus companheiros também, porque somos guerreiros", disse González.

Esta foi a terceira derrota da Costa Rica para o Brasil em Copas do Mundo. No Mundial de 1990, na Itália, a seleção bateu o adversário por 1 a 0. Na Copa de 2002, organizada em conjunto por Coreia do Sul e Japão, os comandados de Felipão venceram por 5 a 2.

"Perdemos três vezes contra o Brasil, mas não é de graça, eles foram campeões do mundo cinco vezes, têm os jogadores que têm, a quantidade de habitantes que têm. Não é que a Costa Rica seja pequena, mas o destino nos colocou para enfrentar os melhores do mundo três vezes", analisou o defensor.

Para o zagueiro, que fez parte da seleção que fez história na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, ao chegar às quartas de final, as expectativas geradas pelo desempenho obtido no último Mundial não atrapalharam a equipe na Rússia.

"Foram Mundiais diferentes. No Brasil houve pequenos detalhes que nos ajudaram, o clima, as horas nas quais jogamos, mas não são desculpa. São duas Copas para a Costa Rica, não ganhamos nada, conquistamos a oportunidade de competir em um Mundial, fizemos boas apresentações nas duas. É o crescimento para todos como jogadores, como pessoas e como país", concluiu.