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Presidente do COI exalta resultados positivos da Agenda 2020

20/07/2018 16h51

Redação Central, 20 jul (EFE).- O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, comemorou nesta sexta-feira os resultados da Agenda 2020, que permitiu que as cidades candidatas aos Jogos de Inverno de 2026 aproveitem infraestrutura existente com menos custo e ainda aumentou a presença feminina na edição de Pequim, que acontecerá daqui quatro anos.

Segundo o COI, os cinco projetos para 2026 - Canadá (Calgary), Itália (Cortina d'Ampesso, Milão e Turim), Japão (Sapporo), Suécia (Estocolmo) e Turquia (Erzurum) - contam com 80% das instalações esportivas já existentes, contra os 60% dos dois processos anteriores.

"Ainda não estamos na fase de candidatura, estamos na de diálogo para falar com as cidades sobre se podem ser candidatas. Sempre dissemos que precisávamos mudar o procedimento de candidatura porque o antigo estilo produzia muitos perdedores. E não se trata de ter apenas um número maior de candidatos, mas de ter no final o melhor anfitrião possível neste momento para os Jogos", disse.

De acordo com dados da entidade, também foram reduzidos os orçamentos organizacionais de cerca de US$ 2 bilhões para US$ 1,7 bilhão, e a contribuição do COI aumentou significamente para US$ 925 milhões.

Bach também destacou que o aumento da presença feminina que acontecerá nos Jogos de Inverno de Pequim, em 2022, de 41% para 45,44% e a inclusão de competições de equipes mistas, como haverá em Tóquio em 2020, são fruto das recomendações da Agência 2020.

"Há novos esportes em um programa mais urbano, mais orientado à mulher e que oferece a oportunidade de haver eventos em Fukushima e em outras cidades que foram as mais afetadas pelo terremoto e pelo tsunami de 2011", disse o dirigente.

O presidente destacou também o modelo de exames antidoping que haverá nos Jogos da Juventude de Buenos Aires, neste ano. O sistema será conduzido pela Agência Internacional de Controles, de forma independente do COI.

"Queremos que esse sistema seja um exemplo que pode ser seguido por muitas federações, para evitar a questão do conflito de interesses", afirmou.

Bach destacou as questões em torno de aglumas federações internacionais e Comitês Olímpicos Nacionais, usando como exemplo as medidas adotadas pela Federação Internacional de Halterofilismo, apesar do esporte seguir sob supervisão para continuar no programa olímpico.

"Destacaria os critérios de classificação para Tóquio 2020 porque vinculam o número de cotas que um comitê olímpico pode ter no seu histórico de doping. É um método muito eficaz e inteligente, porque você não tem punições coletivas, e é um forte incentivo para os atletas de forma individual e para a federação", explicou.

O progresso feito pela Associação Internacional de Boxe também foi reconhecido pelo COI, mas considerando as muitas discussões que ainda ocorrem dentro da Federação sobre "questões financeiras e as próximas eleições",a entidade preferiu se manter na posição de revisar a inclusão do boxe no programa de Tóquio 2020.