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Presidente da federação alemã admite erros em caso Özil, mas não renunciará

Ozil reza antes de jogo da Alemanha na Copa da Rússia - AFP PHOTO / Jewel SAMAD
Ozil reza antes de jogo da Alemanha na Copa da Rússia Imagem: AFP PHOTO / Jewel SAMAD

26/07/2018 10h38

O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Reinhard Grindel, admitiu nesta quinta-feira ter cometido erros no caso que resultou na aposentadoria de Mesut Özil da seleção do país, mas descartou renunciar em consequência disso.

"Olhando em retrospectiva, como presidente, devo dizer com clareza que toda forma de ataque racista é inaceitável e não deve ser tolerada, o que para mim como pessoa e para a federação é algo óbvio", disse Grindel através da site da DFB.

"Isso foi válido para Jérôme Boateng, é válido para Özil e para todos os jogadores da seleção que têm uma origem migratória. Nós vivemos nossos valores. Por isso questionamos criticamente a foto com o presidente Erdogan. Lamentamos que isso tenha sido usado para ataques racistas", acrescentou o dirigente, explicando a sua posição sobre o acontecido.

O meia do Arsenal sofreu pressão de diversos setores da sociedade alemã por ter posado para fotos com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan às vésperas das eleições locais no país, onde a oposição considera o mandatário um ditador. Alguns ataques, no entanto, extrapolaram para o preconceito, o que fez o jogador de 29 anos tomar a decisão de não representar mais a seleção tetracampeã mundial.

Apesar de ser defendido por parte da torcida alemã, autoridades e personalidades do futebol local, Özil atacou duramente Grindel, acusando a federação de não tê-lo protegido das críticas.