Topo

Fórmula 1

Alonso diz que falta de ação na pista pesou em decisão para deixar a F1

Fernando Alonso, da McLaren - Mark Thompson/Getty Images
Fernando Alonso, da McLaren Imagem: Mark Thompson/Getty Images

16/08/2018 15h58

Redação Central, 16 ago (EFE).- Bicampeão mundial da Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso explicou nesta quinta-feira (16) os motivos que o levaram a decidir deixar a categoria na próxima temporada e alegou que a ação dentro da pista já não é mais a mesma.

"Curti durante 17 ou 18 anos a Fórmula 1, na qual conquistei muito mais do que imaginei quando comecei em 2001. E digamos que a ação na pista atualmente não é a mesma com a qual eu sonhava quando iniciei ou quando corri por outras categorias", disse Alonso.

"Agora falam mais de coisas que não têm nada a ver com o que ocorre na pista. Se fala mais de declarações, de polêmicas, de mensagens no rádio. E se falam tanto disso, é um sinal ruim. É porque a pista não deu o que falar durante o fim de semana. É o que sinto na Fórmula 1 atualmente. Acredito que há outras categorias que oferecem mais ação e mais alegria. É o que eu busco", explicou.

Alonso aproveitou o intervalo do calendário para participar do Mundial de Resistência (WEC). No domingo, o espanhol disputará as Seis Horas de Silverstone no comando da equipe Toyota ao lado do suíço Sebastien Buemi e do japonês Kazuki Nakajima.

Também com os dois companheiros, Alonso venceu em junho deste ano as 24 Horas de Le Mans, um triunfo do qual sente muito orgulho.

"Significa muito, é uma sensação fascinante. De felicidade e de orgulho, pela equipe também, por toda a preparação antes da corrida. Como piloto, você sonha em ganhar corridas icônicas como as 24 horas de Le Mans. Ter vencido na primeira tentativa foi algo muito especial. Foi uma vitória muito especial na minha vida", disse.

Alonso busca em Silverstone a terceira vitória com a equipe Toyota no Mundial de Resistência. Além de Le Mans, o espanhol também foi ao lugar mais alto do pódio na Seis Horas de Spa-Francorchamps.

"Me encanta competir em todas as categorias: Fórmula 1, Mundial de Resistência, Indy. É um pouco diferente aqui, no Mundial de Resistência, porque você divide o carro com outros dois companheiros, nos quais você tem que confiar. E você confia. Quando você desce do carro, eles sobem. Isso sim é o que transforma o campeonato em algo especial", ressaltou Alonso.

Perguntado sobre pendurar as luvas de vez, o espanhol afirmou que está no melhor nível de sua carreira e deixou em aberto a possibilidade até de voltar à Fórmula 1 depois de 2019.

"Por que fechar portas? Não tenho 45 anos. Me sinto forte. Neste ano farei 27 corridas. Penso em parar e por isso parei. Mas quem sabe? Parei na F1 porque tenho desafios maiores, como disse no vídeo que publiquei, dos que a F1 pode oferecer atualmente", afirmou.

Pressionado a falar sobre o futuro, o veterano piloto reiterou a mensagem de que não quer fechar portas e sugeriu até mesmo migrar para a Fórmula Indy, categoria pela qual disputou as 500 Milhas de Indianápolis no ano passado.

"Primeiro devo digerir minha saída da Fórmula 1. Talvez não decida nada dentro de alguns meses. Atualmente a prioridade é o WEC, conquistar esse campeonato", concluiu Alonso.

Fórmula 1