NBA quer que todas as equipes adotem políticas de combate ao assédio sexual
Houston (EUA), 21 set (EFE).- O escândalo de assédio sexual revelado dentro do Dallas Mavericks, que resultou um pagamento de US$ 10 milhões do proprietário da franquia e o estabelecimento de novas políticas de controle, serviu para que a NBA também "deseje" que as mesmas iniciativas sejam implementadas pelas demais equipes.
Essa foi a mensagem passada pelo texto que o comissário da NBA, Adam Silver, enviou às 30 equipes que disputam a liga, de acordo com a imprensa americana.
Silver pediu para que as equipes aumentem o número de mulheres em toda a organização - inclusive em posições de liderança e supervisão -, melhorem os processos formais de denúncia de assédio e criem novos sistemas para que as vítimas denunciem condutas indevidas.
Outra cobrança é que as franquias avaliem e responsabilizem todos os diretores, gerentes e supervisores pelos esforços para eliminar o assédio e melhorar todo tipo de diversidade dentro de cada organização.
A NBA pede a realização de pesquisas anônimas e periódicas sobre o ambiente de trabalho e assédios sexuais, de modo a compreender a cultura de cada equipe e se existem problemas.
Além disso, Silver recomendou que todas as equipes contratem assessoria jurídica interna, expandam departamentos de recursos humanos, adotem pautas disciplinares transparentes e definam mais claramente as hierarquias de liderança.
Essas são as mesmas recomendações feitas aos Mavericks após a investigação sobre as queixas de conduta indevida contra o ex-presidente e CEO dos Mavericks, Terdema Ussery, e o ex-repórter do site oficial da equipe, Earl Sneed. O escândalo foi revelado pela revista "Sports Illustrated".
O dono do Dallas Mavericks, Mark Cuban, concordou em doar US$ 10 milhões a organizações comprometidas com a luta contra a violência doméstica e o apoio ao desenvolvimento profissional das mulheres na indústria do esporte. Para cumprir as novas diretrizes da NBA, Cuban também uma nova CEO para a equipe, Cynthia Marshall.
O texto da NBA foi enviado a cada um dos proprietários das franquias da liga, presidentes, gerentes gerais, assessores e chefes de recursos humanos. O sindicato de jogadores da NBA ainda não fez nenhuma avaliação sobre o escândalo revelado nos Mavericks.
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