Topo

Lenda do atletismo recebe ultimato da justiça do Quênia por desvio de verba

15/10/2018 14h19

Nairóbi, 15 out (EFE).- O ex-presidente do Comitê Olímpico do Quênia, Kipchoge Keino, recebeu prazo até o quinta-feira para se apresentar à justiça do país, para responder, junto a outras seis pessoas, a acusações de corrupção, envolvendo o envio de delegação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo publicou nesta segunda-feira a imprensa local, o dirigente e os demais citados, teriam desviado US$ 500 mil (R$ 1,86 milhão) dos cofres públicos, destinados a gastos com a participação nos Jogos Olímpicos.

A acusação aponta que o montante acabou sendo pago para despesas pessoais, como refeições e pagamento de pessoal não-autorizado.

Entre os acusados também está o ex-ministro dos Esportes do Quênia Hassan Wario, que, atualmente, atua como embaixador do país na Áustria e deveria ter se apresentado hoje ao Tribunal Anticorrupção, localizado em Nairóbi, o que não aconteceu.

O ex-secretário dos Esportes Richard Ekai, o chefe de delegação queniano no Rio de Janeiro, Stephen Soi, e o secretário-geral do Comitê Olímpico do Quênia, Francis Kinyilli, se declararam inocentes hoje, em depoimento, sendo colocados em liberdade após pagamento de fiança.

Kipchoge Keino é uma das maiores lendas do atletismo mundial, por ter conquistado a medalha de ouro nos 1.500 metros, nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, e nos 3 mil metros, quatro anos depois, em Munique.

Em 2003, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) concedeu ao então dirigente o Prêmio ao Jogo Limpo, pela sua importância na divulgação dos princípios do esporte.

Três anos depois, o queniano recebeu o Laurel Olímpico, pela contribuição, através do esportes, à paz, cultura e educação.