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Seguradora diz que se reuniu com familiares de vítimas de tragédia da Chape

16/10/2018 21h42

La Paz, 16 out (EFE).- A boliviana Bisa Seguros e Resseguros S. A., contratada pela companhia aérea LaMia, garantiu nesta terça-feira que se reuniu com os familiares das vítimas do acidente aéreo que vitimou jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, além de profissionais de imprensa e convidados, em novembro de 2016.

"As duas famílias brasileiras que estiveram presentes na Bolívia, em companhia dos seus assessores, foram atendidas pelos principais executivos da Bisa Seguros e Resseguros S. A. na data de 4 de outubro", afirmou a entidade em comunicado, que acredita ter sanado as dúvidas dos presentes.

"Foram absolvidas satisfatoriamente todas as consultas e inquietações formuladas relativas à rejeição da cobertura da apólice e sobre o Fundo de Assistência Humanitária Lamia 2933", acrescenta a nota.

A empresa disse que um dos assessores dos familiares das vítimas solicitou uma reunião na quinta e na sexta-feira da semana passada com a finalidade de tratar assuntos alheios à seguradora e aos elementos que levaram à rejeição da cobertura do seguro. "Razão pela qual nos vimos impedidos de atender esta nova pedido", esclareceu.

A tragédia de quase dois anos atrás vitimou 71 dos 77 ocupantes do avião, que saiu da Bolívia rumo a Medellín, onde a Chapecoense disputaria o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana.

Uma comissão de familiares das vítimas do acidente chegou no último dia 4 a Santa Cruz de la Sierra, de onde partiu o voo da LaMia em 2016, com a finalidade de encontrar respostas sobre a investigação e indenização, além de se reunir com autoridades.

Antes de voltar ao Brasil, a presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense, Fabienne Belle, lamentou ter encontrado resistência da seguradora e que não lhes foram dadas as respostas que buscavam.

A Bisa Seguros afirmou no comunicado que as declarações da comissão de familiares são "incorretas e alheias à realidade dos fatos" e "carecem de apoio fático e legal". A seguradora lembrou que em fevereiro de 2017 rejeitou a cobertura da apólice de seguro.

"A posição assumida pela nossa entidade seguradora conta com os correspondentes fundamento e respaldos de ordem técnica, legal e contratual", argumentou a empresa.