PSG corre risco até de exclusão da próxima Champions, diz jornal
O jornal "L'Equipe" publica nesta quarta-feira (14) que o Paris Saint-Germain pode até ser excluído das competições continentais como a Liga dos Campeões por causa de contratos antigos de patrocínio assinados com entidades do Qatar, vínculos avaliados muito acima do preço do mercado. Se punido, a suspensão só deve valer a partir da próxima temporada.
Até agora, o problema estava nos acordos assinados a partir de 2015, mas, segundo o jornal, a câmara de julgamento da Uefa, que decidiu reabrir o caso, quer que também sejam revisados os das temporadas 2013-2014 e 2014-2015.
O clube não concorda com a decisão. Segundo o PSG, o acordo firmado em 2015 com a câmara de instrução da entidade já aprovava esses contratos. Por isso, o clube decidiu recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para que essa situação seja reconhecida.
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A diferença é substancial porque se por um lado o clube parecia capaz de se adaptar às imposições da Uefa com a validação desses contratos, sem a inclusão da renda dos anos anteriores nos cofres o equilíbrio seria muito mais complexo.
O PSG se mantém na situação ditada pela câmara de instrução da Uefa em 13 de junho, que já reduzia em 37% os contratos de patrocínio assinados a partir de 2015 com entidades catarianas, em particular com a Qatar Tourism Authority.
Não houve punição ao Paris Saint-Germain, com a condição de que mantenha o déficit abaixo de 30 milhões de euros. Mas, no dia 3 de julho, a câmara de julgamento considerou inadequada essa sentença e ordenou uma revisão mais profunda das contas.
De acordo com "L'Équipe", o objetivo é corrigir para baixo o valor dos contratos dessas duas temporadas anteriores, o que dificultaria muito o equilibro exigido pelas regras do fair play financeiro.
Como o PSG já foi sancionado em 2014 por infringir essas regras - teve as contratações bloqueadas -, passaria a ser reincidente, o que significa que a Uefa poderia inclusive excluir o clube das competições continentais.
"O PSG está sob a ameaça de uma sanção severa, como uma exclusão de um ano das taças europeias, por ser um reincidente, uma vez que já cometeu uma irregularidade em 2014", diz o jornal.
As contratações de Neymar, por quem o PSG desembolsou 222 milhões de euros, e de Kylian Mbappé, que custou 180 milhões, acompanhados dos altos salários, desequilibram nesse contexto as contas do clube, que sem participar das competições da Uefa perderia uma grande fonte de renda.
A decisão agora está com a CAS. O PSG alega que a decisão tomada em primeira instância validava as contas e cita como culpada pela revisão do caso a pressão de outros clubes e campeonatos.
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