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Brasil defende invencibilidade contra Uruguai em jogo que remete à Copa de 70

15/11/2018 17h22

Londres, 15 nov (EFE).- O Brasil reviverá uma rivalidade histórica, mas na qual tem um retrospecto amplamente favorável nos últimos anos, ao enfrentar o Uruguai nesta sexta-feira no Emirates Stadium, em Londres.

Esta será apenas a segunda vez em que as duas seleções se enfrentarão fora da América do Sul e a primeira na Europa. Entre edições de várias competições, como Copa do Mundo, Copa América e Copa das Confederações, os dois rivais só duelaram uma vez longe do subcontinente, nas semifinais do Mundial de 1970, na campanha do tri, no México.

Há 48 anos, no estádio Jalisco, em Guadalajara, a seleção brasileira saiu atrás no placar, ao sofrer um gol de Cubilla, mas Clodoldo, Jairzinho e Rivellino marcaram uma vez cada e selaram a virada.

Esta não é a única página do retrospecto favorável à seleção pentacampeã mundial. A última derrota para a 'Celeste' aconteceu em julho de 2001, no estádio Centenário, pelas Eliminatórias, na estreia do técnico Luiz Felipe Scolari. E Óscar Tabárez, recordista de partidas à frente do Uruguai, jamais venceu o rival em suas passagens (de 1988 a 1990 e de 2006 até hoje).

Desde então, houve nove duelos, com seis vitórias do Brasil e três empates. No último deles, em março do ano passado, pelo torneio classificatório para a Copa de 2018, também em Montevidéu, os comandados do técnico Tite golearam por 4 a 1.

Para o jogo desta sexta, Tite tem três desfalques, o lateral-esquerdo Marcelo, o volante Casemiro e o meia Philippe Coutinho, que foram cortados por lesão e deram lugar a Alex Sandro, Rafinha e Renato Augusto na convocação.

A princípio, o treinador tem apenas uma dúvida para escalar o time: começar com o próprio Renato Augusto ou ser mais cauteloso e colocar Paulinho ao lado de Arthur e de Walace, volante campeão olímpico em 2016.

O ex-jogador do Grêmio, atualmente no Hannover 96, da primeira divisão alemã, começou jogando pela seleção apenas uma vez, em amistoso contra a Colômbia, em janeiro do ano passado. Na ocasião, ele era o único que não atuava por equipes brasileiras.

Se Tite lamenta três baixas, Tabárez quebra a cabeça com um total de dez ausências, com destaque para o goleiro Muslera e o zagueiro Godín, titulares da 'Celeste' há mais de uma década. Por outro lado, os atacantes Luis Suárez e Cavani, dois dos melhores do mundo na posição, têm presença confirmada.

Com a ausência do arqueiro do Galatasaray, havia a expectativa pela escalação de Martín Silva, do Vasco, mas o mais provável é que Martín Campaña, do Independiente, seja o escolhido. O meia Arrascaeta, do Cruzeiro, também será reserva, enquanto o volante Sánchez, do Santos, deverá aparecer na formação inicial.

Após enfrentar o Uruguai, o Brasil jogará contra Camarões na próxima terça-feira, no MK Stadium, em Milton Keynes, nas cercanias de Londres. No mesmo dia, a bicampeã mundial medirá forças com a França em Saint-Denis.



Prováveis escalações:.

Brasil: Alisson, Danilo, Marquinhos, Miranda e Filipe Luís; Walace, Arthur e Renato Augusto (Paulinho); Douglas Costa, Neymar e Roberto Firmino. Técnico: Tite.

Uruguai: Campaña; Laxalt, Velázquez, Cáceres e Mathías Súarez; Sánchez, Torreira, Vecino e Bentancur; Luis Suárez e Cavani.

Árbitro: Craig Pawson (Inglaterra), auxiliado pelos compatriotas Stephen Child e Ian Hussin. Técnico: Óscar Tabárez.

Estádio: Emirates Stadium, em Londres.