Clubes europeus nunca aproveitaram tão pouco a base: só 16,9% dos jogadores
Madri, 19 nov (EFE).- Os clubes europeus registram atualmente a menor taxa de aproveitamento de jogadores formados nas categorias de base na história, com apenas 16,9% pratas da casa, segundo uma análise divulgada pelo Centro Internacional para Estudos do Esporte (CIES).
Como constraste, nunca foi tão alta a porcentagem de estrangeiros nos elencos, 41,5% dos jogadores, de acordo com os dados do Observatório do Futebol do CIES no estudo "Dez anos de análise demográfica do mercado de jogadores na Europa".
A pesquisa foi estruturada em três pilares: formação, migração e mobilidade, com uma ampla amostra de equipes das 31 principais ligas europeias entre 2009 e 2018.
Segundo o relatório, a proporção de jogadores que passaram pelo menos três temporadas no mesmo clube quando tinham entre 15 e 21 anos "nunca foi tão baixa" como a registrada no dia 1º de outubro: 16,9%. Há uma década, esse número era de 6,3%.
Além disso, vale ressaltar que a queda do último ano foi a maior já noticiada, 1,6%, e ocorreu em todas as regiões do continente europeu.
Os países nórdicos e da Europa Central, com 21,9 e 20,6% respectivamente, são as regiões com a maior proporção de jogadores da base, seguidas pelo Leste Europeu, com 16,6%, pela Europa Ocidental, com 15,7%, e pela Europa Meridional, com 12,8%.
O estudo também mostra a "concentração precoce de talentos em um seleto grupo de clubes dominantes". A proporção de jogadores ainda em fase de formação que jogam a um clube diferente do qual deram os primeiros passos aumentou de 40,5% para 53,9% em uma década.
Exceto no Chipre, com um crescimento mínimo de 0,1%, todas as ligas perderam pratas da casa. Em termos absolutos, Israel, com 28% dos jogadores formados nos seus clubes, e a Itália, com apenas 7,4%, marcam os extremos.
A análise do CIES afirma também que na última década a proporção de expatriados que jogam nas ligas europeias chegou a proporção também inédita, de 41,5%, frente aos 34,7% de 2009. Entende-se por expatriado o jogador que cresceu fora do país do atual clube e que deixou a terra natal por causa do futebol.
Neste índice, as ligas do sul (51,8%) e do leste (48,9%) da Europa levam a maior parte. Por países, Chipre (66,2%) e Sérvia (16,3%) abrem e fecham a lista.
Quanto à mobilidade, a mudança de clube com relação à temporada anterior, 44,4% dos jogadores estrearam em uma nova equipe. Em 2017, essa proporção foi de 45%, mas de apenas 36,7% em 2009. O Chipre lidera com 60,4% neste quesito, enquanto a Alemanha teve apenas 32,1% novos jogadores a respeito do ano anterior.
O próprio estudo conclui que esses números indicam que "um número crescente de jogadores consideram sua equipe um mero trampolim para mercados mais lucrativos". Já os proprietários dos clubes "tendem a otimizar o retorno financeiro em detrimento de outras considerações esportivas".
"A crescente instabilidade causada por isso limita a competitividade de cada vez mais equipes, para benefício dos mais ricos e estruturados", resume a análise.
Como constraste, nunca foi tão alta a porcentagem de estrangeiros nos elencos, 41,5% dos jogadores, de acordo com os dados do Observatório do Futebol do CIES no estudo "Dez anos de análise demográfica do mercado de jogadores na Europa".
A pesquisa foi estruturada em três pilares: formação, migração e mobilidade, com uma ampla amostra de equipes das 31 principais ligas europeias entre 2009 e 2018.
Segundo o relatório, a proporção de jogadores que passaram pelo menos três temporadas no mesmo clube quando tinham entre 15 e 21 anos "nunca foi tão baixa" como a registrada no dia 1º de outubro: 16,9%. Há uma década, esse número era de 6,3%.
Além disso, vale ressaltar que a queda do último ano foi a maior já noticiada, 1,6%, e ocorreu em todas as regiões do continente europeu.
Os países nórdicos e da Europa Central, com 21,9 e 20,6% respectivamente, são as regiões com a maior proporção de jogadores da base, seguidas pelo Leste Europeu, com 16,6%, pela Europa Ocidental, com 15,7%, e pela Europa Meridional, com 12,8%.
O estudo também mostra a "concentração precoce de talentos em um seleto grupo de clubes dominantes". A proporção de jogadores ainda em fase de formação que jogam a um clube diferente do qual deram os primeiros passos aumentou de 40,5% para 53,9% em uma década.
Exceto no Chipre, com um crescimento mínimo de 0,1%, todas as ligas perderam pratas da casa. Em termos absolutos, Israel, com 28% dos jogadores formados nos seus clubes, e a Itália, com apenas 7,4%, marcam os extremos.
A análise do CIES afirma também que na última década a proporção de expatriados que jogam nas ligas europeias chegou a proporção também inédita, de 41,5%, frente aos 34,7% de 2009. Entende-se por expatriado o jogador que cresceu fora do país do atual clube e que deixou a terra natal por causa do futebol.
Neste índice, as ligas do sul (51,8%) e do leste (48,9%) da Europa levam a maior parte. Por países, Chipre (66,2%) e Sérvia (16,3%) abrem e fecham a lista.
Quanto à mobilidade, a mudança de clube com relação à temporada anterior, 44,4% dos jogadores estrearam em uma nova equipe. Em 2017, essa proporção foi de 45%, mas de apenas 36,7% em 2009. O Chipre lidera com 60,4% neste quesito, enquanto a Alemanha teve apenas 32,1% novos jogadores a respeito do ano anterior.
O próprio estudo conclui que esses números indicam que "um número crescente de jogadores consideram sua equipe um mero trampolim para mercados mais lucrativos". Já os proprietários dos clubes "tendem a otimizar o retorno financeiro em detrimento de outras considerações esportivas".
"A crescente instabilidade causada por isso limita a competitividade de cada vez mais equipes, para benefício dos mais ricos e estruturados", resume a análise.
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