Agora vai? River e Boca definem campeão de Libertadores inédita neste domingo
Os arquirrivais iniciaram duelo há quase um mês, no último dia 11 - o jogo seria um dia antes, mas, foi adiado devido temporal -, e empataram em 2 a 2, em La Bombonera. Os atacantes Ramón Ábila e Darío Benedetto marcaram para os 'Xeneizes', enquanto o atacante Lucas Pratto e o zagueiro Carlos Izquierdoz, contra, balançaram a rede para os 'Millonarios'.
O reencontro seria duas semanas depois, no Monumental de Núñez, no desfecho da última final em dois jogos da competição, que adotará decisão em jogo único e neutro a partir de 2019. Os arredores do estádio, no entanto, se tornaram palco de diversos atos de vandalismo, entre eles, o ataque com pedras e garrafas ao ônibus do Boca, por parte de torcedores do River.
O volante e capitão do time azul e amarelo, Pablo Pérez, sofreu ferimentos nos olhos e ficaria sem condições de jogo naquele sábado. Dessa forma, o clube 'xeneize' já sinalizava que não pretendia jogar. Depois de horas preenchidas com muitas reuniões, a Conmebol optou por adiar a partida para o dia seguinte, também no Monumental.
Diante da postura irredutível do Boca, que irá até a Corte Arbitral do Esporte (CAS) para conquistar os pontos do segundo jogo, a decisão da Conmebol foi de suspender a partida. Dias depois, a entidade anunciou que a volta não aconteceria na Argentina, para, dias depois, o Santiago Bernabéu ser anunciado como palco.
Miami, Doha, Assunção, entre outras, chegaram a ser cogitadas como sede do volta da final. Até estádios brasileiros, como o Mineirão, em Belo Horizonte, e a Arena Condá, em Chapecó, foram apontadas como interessadas em receber um Superclássico Argentino.
O River vem para o jogo com um sentimento de dor, pois, não teve direito a atuar na decisão no Monumental, com as arquibancadas ocupadas apenas por seus torcedores, como aconteceu na Bombonera, já que haverá divisão de espaços igualitária no Bernabéu.
"Nos feriram o espírito, mas, isso nos fará mais fortes", garantiu o técnico 'millonario', Marcelo Gallardo, nos dias que antecederam o reencontro com o Boca.
O treinador, também ídolo da equipe nos tempos de jogador, não poderá contar com o atacante colombiano Rafael Borré, que está suspenso. Além disso, não deverá contar com um possível substituto, o também atacante Ignacio Scocco, que está lesionado.
Sem a principal opção, Gallardo pode mudar a estrutura tática do River, colocando no time o experiente volante Leonardo Ponzio, que se recuperou de problema físico. Com a manutenção da linha de cinco na defesa, e a introdução de um quarto homem no meio, Pratto ficaria sozinho no setor ofensivo.
O Boca, por sua vez, chegou a sinalizar que não disputaria a final em Madri, para levar a intenção de desclassificar o arquirrival até as últimas circunstâncias. O técnico Guillermo Barros Schelotto, por exemplo, fez discurso duro contra a violência que gerou o caso na decisão do torneio.
"O que aconteceu há 15 dias acontece muito no futebol sul-americano e argentino, e é lamentável. É o momento de mudar. Não poder jogar um River e Boca na Argentina é lamentável. É a hora de tomar medidas e começar a ser exemplo", afirmou, em entrevista coletiva.
Para o jogo, o comandante, também ídolo do clube como jogador, tem como boa notícia o retorno do atacante Cristian Pavón. O jogador, recuperado de lesão, era desfalque certo para o segundo duelo, mas, estará em campo devido ao adiamento em duas semanas da data prevista inicialmente.
Dessa forma, a expectativa é que o Boca entre em campo com a mesma formação da ida, com o camisa 7 fazendo companhia ao colombiano Sebastián Villa e a Ramón Ábila no setor ofensivo. Decisivo na reta final da Libertadores, Darío Benedetto deve começar mais uma vez no banco.
Prováveis escalações:.
River Plate: Armani; Montiel, Martínez Cuarta, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Ponzio, Pérez e Pity Martínez; Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.
Boca Juniors: Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pérez; Villa, Pavón e Ábila. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolás Tarán e Mauricio Espinosa.
Estádio: Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha).