Inter de Milão terá que jogar com portões fechados após episódio de racismo
Roma, 27 dez (EFE).- A Inter de Milão terá que jogar dois jogos com portas fechadas e uma terceira partida com público limitado no San Siro após os insultos racistas da torcida do clube aos jogadores negros do Napoli, especialmente ao zagueiro Kalidou Koulibaly.
O tribunal esportivo do Campeonato Italiano comunicou a decisão em uma nota oficial publicada nesta quinta-feira, documento no qual aponta como motivos para a punição os "cantos territoriais pronunciados durante toda a partida contra torcedores da equipe rival" e também as "músicas racistas" contra Koulibaly.
Além disso, o próprio Koulibaly e o Lorenzo Insigne foram suspensos por duas rodadas pelas atitudes em campo durante a partida, que terminou com vitória da Inter por 1 a 0.
O zagueiro foi punido pelos aplausos irônicos ao juiz do jogo, Paolo Silvio Mazzoleni, quando foi expulso faltando nove minutos para o fim. Já Insigne teria xingado a arbitragem.
Torcedores de Inter e Napoli entraram em confronto antes da partida no San Siro. Quatro pessoas foram esfaqueadas e uma morreu após ser atropelada por uma caminhonete.
A tensão continuou depois dentro do estádio, onde os torcedores da Inter cantaram uma série de músicas ofensivas contra vários jogadores, entre eles Koulibaly, que terminou expulso.
O episódio de racismo foi condenado com firmeza por personalidades do mundo do futebol. O presidente da Série A, Gaetano Micchichè, disse que a situação não pode se repetir no futuro.
Em nota, o dirigente afirmou que vai estudar medidas para suspender imediatamente partidas nas quais houver frases discriminatórias ou racistas.
A Inter publicou um comunicado no qual pediu respeito e inclusão, afirmando que o clube sempre se comprometeu a criar um "futuro livre de discriminação". EFE
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