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Técnico da seleção feminina sub-17 da Colômbia é denunciado por abuso sexual

21/02/2019 12h02

Bogotá, 21 fev (EFE).- O técnico da seleção feminina sub-17 da Colômbia, Didier Luna, e o preparador físico, Sigifredo Alonso, foram denunciados na Procuradoria Geral da Nação por duas jogadoras, uma delas menor de idade, por abuso sexual e assédio moral.

Nesta quinta-feira foi revelado que os fatos denunciados aparentemente ocorreram nas concentrações durante a preparação para o Mundial da categoria, realizado em novembro de 2018 no Uruguai.

Segundo a aliança de veículos de imprensa "La Liga Contra el Silencio", uma das denunciantes, maior de idade e que preferiu não se identificar, alegou que o assédio por parte de Luna começou com comentários como "está muito linda, formosa".

Posteriormente, acrescentou, "ele disse que queria ter algo comigo e que podia me levar longe no futebol".

Ao não aceder às pretensões do técnico, a jovem alegou que foi "sobrecarregada de trabalho", não tinha permissão para falar nas reuniões e era tratada com gritos frequentemente.

Na sede da Federação Colombiana de Futebol, em Bogotá, Luna "tinha certas atitudes com as meninas, como pegar em suas nádegas, tentar beijá-las, defendendo-se debaixo de uma figura paternal. Uma chantagem psicológica sobre a qual muitas delas não falaram ainda", contou a jogadora.

A atleta também revelou que recebeu ameaças por telefone de um desconhecido que lhe disse para "ter cuidado", pois iriam mandar as pessoas "mais duras da Federação Colombiana de Futebol para investigar" e que em questão de três dias saberiam quem tinha feito a acusação.

A segunda denúncia, que partiu de uma jogadora menor de idade, foi feita pelo pai da vítima.

"Na Federação se deram conta de que a denúncia feita pelo pai era tão grave que decidiram demitir o assediador, Sigifredo Alonso, que era o preparador físico. Mas em todo caso o técnico ficou", comentou a jovem.

Por enquanto, a Federação Colombiana de Futebol não se pronunciou oficialmente sobre o caso. EFE