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Milan é acusado de descumprir regras e pode ser impedido de contratar

Milan está na mira da Uefa - Isabella Bonotto/AFP
Milan está na mira da Uefa
Imagem: Isabella Bonotto/AFP

10/04/2019 13h10

A Câmara de Investigação do Comitê de Controle Financeiro de Clubes da Uefa acusou o Milan de descumprir as normas de equilíbrio financeiro durante os exercícios de 2016, 2017 e 2018, segundo anunciou nesta quarta-feira a confederação continental responsável por administrar o futebol europeu.

Os dados foram analisados ao longo desta temporada, e a conclusão já foi transferida para a Câmara de Resolução, que vai tomar uma decisão quanto ao caso, podendo até gerar uma punição esportiva ao clube italiano, como a proibição de participação em torneios.

A Câmara de Investigação apontou que este caso não está ligado com aquele que foi concluído em dezembro do ano passado, que avaliou os exercícios de 2015, 2016 e 2017, e que está pendente de avaliação de recurso pela Corte Arbitral do Esporte (CAS).

De acordo com a Câmara de Resolução, se o Milan não cumprir os requisitos de equilíbrio até 30 de junho de 2021, ficará excluído da competição que se classificar na sequência, ou seja, para as temporadas 2022-2023 ou 2023-2024.

Além disso, a sentença aponta que o clube terá retenção de 12 milhões de euros (R$ 52,1 milhões) da receita que obtiver por disputar a atual edição da Liga Europa. Além disso, não poderá registrar mais de 21 jogadores para as duas temporadas seguintes, em 2019-2020 e 2020-2021.

A Uefa teve que revisar o caso do Milan, por causa de um recurso que a diretoria 'rossonera' apresentou a CAS, após ser punida no dia 27 de junho, por violação do artigo de equilíbrio nas contas do Fair Play Financeiro da entidade, entre julho de 2014 e junho de 2017, o que provocava impedimento de jogar a Liga Europa nessa temporada.

Ainda assim, o clube italiano investiu mais de 200 milhões de euros (R$ 869,4 milhões, em valores atuais), com contratações desde o meio deste ano. Em 20 de julho de 2018, a Corte Arbitral do Esporte deu ganho de caso ao Milan, dando liberação para entrar no torneio, por entender que a sentença era desproporcional.

Segundo o órgão jurídico esportivo, a Uefa "não avaliou apropriadamente alguns elementos", quando foi tomada a decisão, especialmente, porque a mudança de donos melhorou a situação econômica do clube.

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